Brasília (DF) – O prefeito João Doria (PSDB) vai reformular, a partir de março, o programa Leve Leite, responsável pela entrega do alimento para estudantes da rede municipal de São Paulo. A prefeitura decidiu estender o benefício para crianças pobres que hoje não estão sequer em escolas municipais. São famílias registradas, ou não, na fila por vaga em escolas da capital. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (15).
De acordo com a reportagem, o programa beneficia hoje todos os alunos da rede, de 0 a 14 anos. O leite será entregue a 223,2 mil alunos de até 6 anos de idade. Outras 208,4 mil crianças não matriculadas na rede, mas em situação de pobreza, serão integradas em até quatro meses.
A identificação da crianças será feita pelo Cadastro Único, base que reúne famílias de baixa renda para acesso a programas sociais. Estarão aptas famílias com rendimento mensal de até R$ 2.811.
As mudanças promovidas pela prefeitura definem que crianças matriculadas na rede com o perfil exigido receberão 1 kg de leite em pó por mês. Beneficiários de fora da rede, a serem incluídos no programa, receberão 2 kg.
Para o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, essas crianças são, na maioria das vezes, as que mais precisam e, por isso, vão receber mais. “É uma readequação do programa, que agora estará focado nas crianças pequenas e em situação de vulnerabilidade”, afirmou.
Segundo o jornal, das 66 mil crianças que esperam atualmente por uma vaga por creche em São Paulo, 13,7 mil estão no cadastro único. O secretário explica que a atenção a essas crianças será um primeiro passo para a implementação de um programa voltado à primeira infância.
“Já é um componente da busca ativa pelas crianças mais vulneráveis e que estão fora da escola. Essas famílias ainda participarão de encontros mensais com orientações de saúde e sobre programas sociais”, avaliou.
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