A ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, disse em uma reunião do Conselho de Administração da estatal que qualquer estimativa do valor resultante da corrupção na empresa não seria verdadeira. As informações são de reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (11).
A declaração de Foster foi realizada em dezembro do ano passado – na ocasião, ela presidia também o Conselho da estatal. À época, investidores e autoridades pressionavam a empresa para a divulgação do balanço da companhia, que já estava atrasado.
Quando questionada sobre tamanho do prejuízo causado pela corrupção, Foster falou: “essa de dizer que eu só posso mostrar para o mercado a certeza absoluta dessa questão da Operação Lava Jato é uma inverdade, porque jamais acontecerá. Só daqui a três, cinco ou dez anos. Quando isso tudo for julgado e sair o valor dessa operação toda”.
O balanço da companhia só seria divulgado meses depois, quando Foster já havia deixado a presidência da empresa e sido substituída por Aldemir Bendine. O prejuízo acabou estimado em R$ 6,194 bilhões.