Bolsa escola, universalização do sistema de saúde, programas ligados à Aids e estabilidade econômica – como um processo de redistribuição de renda – foram algumas das medidas adotadas pelo governo federal para combater a exclusão social no país. A afirmação foi feita nesta manhã pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, durante a abertura do seminário “O Brasil e os desafios da inclusão social”, no Instituto Rio Branco.
Segundo o ministro, o Brasil enfrenta grandes desafios porque temas como a pobreza e a exclusão social são assuntos recorrentes da vida sócio-política e histórica. “Mas o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso tem dado importância capital para esses temas, criando um conjunto de políticas públicas de natureza social que geram uma rede efetiva de proteção social”.
Celso Lafer disse que para o governo a inclusão social é prioridade, “e é preciso caminhar nessa direção porque esses assuntos não se resolvem de um dia para o outro por fazerem parte de um legado histórico e só através de uma ação contínua e persistente que poderá ser efetivamente superado e trabalhado”.
“Creio que esse conjunto de políticas públicas – saúde, educação e assentamento rural – são expressões da identidade social democrática do governo e do sentido de direção que o presidente imprime a sua ação”, completou o ministro
.
Durante o seminário, com encerramento previsto para às 13 horas, serão debatidos dois painéis – Visão sobre inclusão social; e Experiências para reduzir a exclusão social. Na ocasião, também será lançado o livro “Textos do Brasil”, número oito, com vários artigos que, além de fazer uma análise da situação do Brasil frente ao tema, trás algumas medidas e respostas adotadas nos planos federal, estadual e internacional para lhe dar com esse tipo de situação. “É uma oportunidade de se fazer uma análise do que tem sido feito e se preparar para o futuro”, concluiu o ministro.
O primeiro texto do livro: “Desafios da inclusão social”, de autoria do ministro Celso Lafer, fala sobre a multiplicidade de redes que diluem entre o interno e o externo e do processo de globalização e do avanço das tecnologias de informação e de transportes.”O processo de diluição entre o interno e o externo levou ao reexame da questão do desenvolvimento do espaço nacional. Apesar do persistente dilema da exclusão social, o Brasil permanece, no pluralismo de sua escala continental e de sua composição multiética, propenso à integração cultural e razoavelmente aberta ao sincretismo da diversidade”, diz o texto.
No texto, o ministro afirma também que “o desenvolvimento continua a ser o objetivo da nossa política externa, como uma política voltada para traduzir necessidades internas em possibilidades externas. O desenvolvimento é um processo de múltiplas faces – que inclui necessariamente a superação da indigência e da pobreza”.