Uma força-tarefa que integra os desdobramentos da operação Lava Jato quer mais detalhes sobre a consultoria que o ex-ministro José Dirceu fazia às empresas acusadas de integrar o esquema de corrupção na Petrobras. As informações são de reportagem do jornal Valor Econômico desta quarta-feira (25).
Os investigadores suspeitam que os supostos serviços de consultoria prestados por Dirceu eram, na verdade, uma fachada para ocultar o pagamento de propina ligada à corrupção na estatal. Para esclarecer a dúvida, querem que as empresas que contrataram a consultoria do petista apresentem detalhes como a identificação dos pagamentos feitos, a especificação dos serviços prestados, o nome dos responsáveis pelas negociações entre as partes, além de outras informações.
Segundo o MPF, houve “a identificação, por parte da Receita Federal, de vultosa movimentação financeira entre tais empreiteiras, responsáveis pela maior parte das grandes obras de infraestrutura promovidas pela Petrobras e a empresa JD, sob as rubricas genéricas de ‘consultoria’ e ‘assessoria’”.
Os procuradores já classificaram como “frágeis” as explicações dadas pela empresa de Dirceu para o recebimento de R$ 2,5 milhões de Engevix e Jamp, dois grupos ligados ao escândalo de corrupção.