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Legislação e marketing político encerram curso de capacitação PSDB-Mulher/Konrad Adenauer

mulheresBrasília (DF) – O segundo e último dia do curso de capacitação para pré-candidatas oferecido pelo PSDB Mulher e pela Fundação Konrad Adenauer começou com um auditório repleto de tucanas cheias de dúvidas. A manhã foi dedicada a um raio-X da nova legislação eleitoral, marketing digital e político e uma análise do eleitorado que deve ir às urnas em outubro. A moderação das mesas redondas e palestras foi feita pela vice-presidente do PSDB Mulher Nacional, Thelma de Oliveira,  pré-candidata à prefeitura de Chapada dos Guimarães (MT).

1ª Mesa Redonda: Legislação Eleitoral para Eleições 2016

Na 1ª mesa redonda, o advogado Flavio Henrique Pereira, do diretório do PSDB-Nacional, falou sobre as condições necessárias para a elegibilidade, as questões de gênero dentro da legislação eleitoral e as condições de inelegibilidade previstas na Constituição e no Código Eleitoral Brasileiro. Ficou a cargo do primeiro palestrante dar às tucanas um quadro geral das providências necessárias para um ingresso tranquilo na vida pública.

O advogado Gustavo Kanffer começou dizendo que a legislação deste ano é mais restritiva e são necessários cuidados maiores, quanto à limpeza dos locais de convenção, por exemplo. Hoje também é possível dar entrevistas, divulgar plataformas de campanha e fazer promoção pessoal, por meio, inclusive, das redes sociais, mas não é permitido pedir votos. A partir da data permitida por lei, já é possível fazer propaganda eleitoral, desde que não seja por meio de empresas ou robôs.

O advogado Afonso Assis Ribeiro, especialista em arrecadação de campanhas, avisou que a crise econômica e política afugentou os financiadores. “Esse será o ano da campanha sola-de-sapato”: muito contato pessoal, muita caminhada, muito porta-a-porta. Ele também alertou para a necessidade de uma prestação de contas correta e segura. Até o dia 9 de setembro, é preciso fazer uma prestação parcial. Candidatas que gastarem até R$ 20 mil podem optar por uma prestação de contas simplificada.

Palestra ‘Eleições 2016: Gestão de Campanha Política e Novas Formas de Financiamento’

O advogado Marcos Antônio Gaban Monteiro, especialista em Direito Público e Financeiro, falou sobre as diversas etapas de uma campanha, desde seus atos preparatórios. A palestra deu noções às tucanas sobre o limite de gastos de campanha em variadas cidades, e sugeriu que as pré-candidatas definam o quanto antes os gastos que pretendem assumir, para evitar surpresas.

Após as exposições, foi aberto um debate entre as pré-candidatas e os advogados, para que dúvidas específicas pudessem ser sanadas.

2ª Mesa Redonda: Estratégias de Comunicação e Utilização das Redes Sociais

A publicitária Gil Castilho, consultora política nas áreas de Marketing e Planejamento, presidente da ALACOP e diretora da ICP, iniciou sua exposição com um vídeo produzido pela Elle, mostrando que as mulheres ainda têm poucos espaços no poder. Gil Castilho acaba de ganhar o Victory Award 2016, concedido às vinte mulheres mais importantes do mundo em marketing político. “Técnicas e ferramentas de campanha precisam ser iguais para homens e mulheres, já conteúdos precisam ser diferentes”, disse Gil.

A publicitária também elencou leis que, durante o processo eleitoral,  trabalharão contra as candidatas:

1 – Lei da Indiferença: O IBOPE diz que nessa época do ano, quase 70% das pessoas tem pouco ou nenhum interesse, 20% têm algum e 10% tem interesse. Numa situação normal, eleitores indiferentes/indecisos são minoria. Administrar uma eleição é a gestão do “indiferente”. A opinião pública está no centro, é silenciosa e representa a maioria.

2 – Lei da Procrastinação: No dia da votação, 15% não havia escolhido em quem votar para presidente e quase 45% ainda não havia escolhido seu candidato para o Legislativo. Portanto a dica é gerir com cuidado seu material de campanha, não entregar tudo logo no início, para chegar à reta final com o que entregar aos indecisos. Intensificar a campanha nos últimos dias.

3 – Lei da Efemeridade: Quanto vale um voto? O eleitor precisa de atenção, de um olhar sério e de projetos que resolvam de fato a sua vida. Pesquisas mostram a oscilação do humor do eleitorado durante a campanha. Hoje o sentimento do eleitor é de raiva. Não se deve esperar dele fidelidade/constância. Não existe voto de gratidão e sim de esperança.

“Em outros tempos a Política eram ideias, hoje são pessoas”, completou Gil Castilho.

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