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Líder do PSDB diz que combate à corrupção e defesa da ética serão pautas diárias da oposição

Entrevistas DiversasBrasília (DF) – O deputado Carlos Sampaio (SP), novo líder do PSDB na Câmara, disse que o combate à corrupção e a defesa da ética na política serão abordados diariamente pelo partido ao longo de 2015. Segundo ele, a oposição começa a legislatura mais vigorosa, graças ao aumento da bancada nas últimas eleições.

O líder afirmou que a CPI da Petrobras é ponto importante neste momento. “O Brasil quer saber quem são as pessoas envolvidas”, disse. Para ele, se apurado o envolvimento de deputados e senadores, os parlamentares deveriam ser alvo de processos para cassação do mandato.

Sampaio está no quarto mandato consecutivo de deputado federal e já foi líder do PSDB entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2014. Natural de Campinas (SP), vereador e secretário municipal de Segurança Pública. Também foi deputado estadual. Formado em Direito, é procurador de Justiça licenciado e atual coordenador jurídico nacional do PSDB.

Abaixo, íntegra da entrevista que Carlos Sampaio concedeu à TV Câmara:

Como avalia o atual cenário político na Câmara?
O PSDB e a oposição de forma geral voltam muito mais vigorosos e rigorosos. Rigorosos porque temos o apoio de 51 milhões de brasileiros que, nas últimas eleições, apostaram no senador Aécio Neves e não no engodo da presidente Dilma Rousseff. Mais vigorosos porque éramos 90 deputados de oposição na última legislatura, e hoje somos 146 – nossa voz é, portanto, muito maior. De outro lado, houve uma sinalização bastante clara da fragilidade do governo Dilma. Ela tem aproximadamente 400 deputados na base aliada, mas, na eleição para presidente da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) recebeu só 136 votos. Essa votação, que foi desastrosa para o PT, demonstrou que, de 513 deputados federais, apenas 136 estão compromissados com a presidente Dilma.

Quais serão as prioridades do PSDB para esta legislatura?

A primeira delas é continuar com o compromisso ético, combatendo qualquer desvio deste governo, qualquer conduta que leve à sensação ou à efetiva corrupção por parte deste governo. O combate à corrupção e a defesa da ética na política serão temas abordados diariamente pela oposição ao longo de 2015.

Como a oposição pretende desenvolver sua atuação no Congresso?
Em primeiro lugar, dando continuidade às investigações sobre a Petrobras, com uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Muitos nomes precisam vir à luz, muitas provas precisam ser feitas. Uma CPI tem agilidade brutal, até maior do que o Ministério Público e o Judiciário – e eu posso dizer isso porque sou do Ministério Público. O Brasil quer saber quem são as pessoas envolvidas, quem são os técnicos da Petrobras, os agentes políticos do governo, os ministros e os parlamentares que assaltaram a Petrobras. Vindo à luz os nomes desses parlamentares, é preciso iniciar os processos de cassação. Porque não são deputados ou senadores, são assaltantes que usaram a roupagem de parlamentar para desviar dinheiro público. É nosso papel denunciar isso à Nação.

E na fiscalização do Executivo?
Precisamos evitar também que tenha continuidade essa postura da presidente Dilma e do próprio PT de querer se assenhorar de tudo. Ela está propondo a regulação da mídia, quer ter o controle da imprensa. Não vamos admitir isso e, inclusive, temos o compromisso do presidente Eduardo Cunha de que ele não pautará o tema neste próximo biênio, o que é um grande avanço. Temos ainda que analisar os cortes orçamentários que a presidente Dilma vem fazendo, porque em vez de cortar na própria carne, diminuindo esse número inconcebível de ministérios, ela jogou a conta para o contribuinte. Cortou dinheiro da educação e aumentou impostos. Tirou direitos trabalhistas e elevou o preço da gasolina. Tudo o que a presidente Dilma dizia que o candidato Aécio Neves iria fazer, foi ela quem fez. E, o que é pior, um mês depois da eleição. Ela mentiu, foi um estelionato eleitoral e agora estamos verificando isso. É papel da oposição denunciar tudo isso.

Informações da Agência Câmara

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