A desembargadora Luislinda Valois (PSDB) foi nomeada nesta quinta-feira (2) ministra dos Direitos Humanos. A tucana disse que a nomeação de uma mulher negra para o alto escalão do governo Temer mostra que atual gestão está determinada a transformar as questões sociais em prioridade.
“O governo do presidente Temer está voltado exatamente para as questões sociais, raciais, de um modo geral. Para mim, só aumentou a responsabilidade. Mas eu não sei fugir da responsabilidade, sempre estou pronta para cumprir a minha missão. Principalmente vindo das pessoas que indicaram o meu nome, como o senador Aécio Neves, o ministro Alexandre de Moraes, da Justiça e Cidadania, o próprio presidente da República”, afirmou.
Para a presidente do PSDB Mulher de Pernambuco, deputada estadual Terezinha Nunes, a indicação da tucana Luislinda Valois para um cardo de alto escalão Negra, ética, guerreira, Luislinda é tucana e faz parte dos movimentos de mulheres e negros do PSDB. Lutou muito contra o preconceito até conseguir uma vaga no Tribunal de Justiça da Bahia. Mulher irretocável, Luislinda nos representa e a todas as mulheres brasileiras”, destacou a parlamentar.
Valois promete se empenhar no cargo para garantir que os direitos humanos tenham lugar de destaque nas políticas do governo. “Com essa nomeação, vou cumprir minha missão com a competência e a dedicação que sempre levei adiante no meu viver. Meus pais me disseram ‘competência, honestidade e caráter andam juntos’, e eu não me afasto desses três itens”, ressaltou Luislinda.
Natural de Salvador, Luislinda Valois se tornou, em 1984, a primeira mulher negra do Brasil a alcançar o cargo de juíza. Desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça da Bahia, é filiada ao PSDB desde 2013. É militante pelos direitos dos homossexuais, das religiões de matriz afro e das vítimas do tráfico de pessoas. Membro da Executiva Nacional do partido e autora dos livros “O negro no século 21” e “Negros pensadores do Brasil”, Luislinda recebeu o título de embaixadora da paz da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2012.