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Lula como ministro da Casa Civil é um deboche com a população brasileira, diz líder

Manifestacao-em-BH-Foto-Beto-Barata-ObritoNews_5-2-1-300x200Brasília (DF) – Em decisão que desrespeita os mais de 6 milhões de brasileiros que foram às ruas no último domingo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, investigado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, aceitou o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir o ministério da Casa Civil. O acerto foi feito durante reunião no Palácio da Alvorada, com a presença dos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e Jaques Wagner, que deixa a Casa Civil para ser chefe de gabinete de Dilma.

O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA), qualificou a chegada de Lula ao ministério como um deboche com a população e com os manifestantes brasileiros que foram às ruas, no último domingo (13/03), para pedir o fim da corrupção, o impeachment da presidente Dilma e o avanço das investigações sobre o petista no âmbito da Lava Jato.

“Em vez de se explicar e assumir as suas responsabilidades, o ex-presidente Lula preferiu fugir pelas portas dos fundos. Vai assumir um ministério para garantir foro privilegiado e escapar do juiz Sérgio Moro. É uma confissão de culpa e um tapa na cara da sociedade. A presidente Dilma, ao convidá-lo, torna-se cúmplice dele”, avaliou.

O convite a Lula foi feito semanas após a deflagração da 24ª fase da Lava Jato, que investiga o ex-presidente e sua família. A manobra faz com que Lula agora goze de foro privilegiado, só podendo ter sua prisão autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Assumindo a Casa Civil, o ex-presidente petista também se livra das investigações da Justiça em primeira instância, conduzidas pelo juiz federal Sergio Moro.

Covardia

Ao aceitar o cargo e garantir o foro privilegiado, Lula também abandona membros de sua família à própria sorte, já que a esposa e os filhos do ex-presidente, que também são alvos de investigação do Ministério Público, continuarão tendo os seus processos analisados pela Justiça de primeira instância, a exemplo do que foi decidido nos casos da esposa e filha do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Imbassahy destacou que o atual governo “não tem mais nenhuma serventia ao país, apenas a PT, Lula e Dilma”. “O Estado brasileiro, depois de ter sido tomado de assalto nestes últimos 13 anos para abastecer os cofres de um projeto político, está sendo transformado em refúgio de investigados. Isso é inadmissível”, lamentou.

Presidente fantoche

O líder do PSDB na Câmara criticou ainda o fato de que Lula, que já havia descartado a proposta de assumir um ministério anteriormente, dessa vez fez uma série de exigências à presidente Dilma Rousseff para aceitar o convite, entre elas a indicação de nomes de sua preferência para ocupar o governo, assim como autonomia para conduzir mudanças na política econômica e na articulação de alianças políticas.

“A partir de hoje temos uma ex-presidente [Dilma] ocupando o mais alto cargo da República. O capítulo final dessa história será o seu impeachment”, completou o parlamentar.

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