
O discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 1º de maio, não deixou dúvidas para petistas ou tucanos: alvo de investigação do Ministério Público Federal por denúncias de tráfico de influência internacional a fim de ajudar empreiteiras brasileiras a obter contratos no exterior, Lula lançou-se candidato ao Planalto em 2018 e tenta desviar o foco das acusações.
Ao afirmar que “está quieto no canto”, mas que é “bom de briga”, o cacique petista antecipou um movimento esperado por aliados apenas no fim de 2016 e explicitou ainda mais o enfraquecimento político da presidente Dilma Rousseff. Opositores veem a manobra como um ato de desespero do próprio PT, mergulhado em profunda crise institucional.
“Quando você tem, em seu campo político — independentemente de ser presidente, governador, ou prefeito —, alguém como candidato futuro, perde total controle do processo decisório”, criticou o líder da minoria na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE).
Para o tucano, a letargia na qual o governo Dilma está mergulhado fez com que até mesmo Lula, mentor político da presidente, desacreditasse no poder que a pupila tem de debelar a atual crise. “Esse gesto viria, naturalmente, mais para a frente. A antecipação é o sinal patente do fracasso da presidente”, disse Bruno.
O deputado falou ao jornal Correio Braziliense. Leia reportagem na íntegra clicando AQUI