A lista de incoerências e vaivéns da candidata Marina Silva à Presidência não para de crescer. O mais novo tema a engrossar o cardápio de contradições da ex-ministra petista é a Lei da Anistia. Em 2008, Marina escreveu artigo na Folha de S.Paulo defendendo a punição de militares acusados de tortura na ditadura. Ontem (3/9), em sabatina no portal G1, a candidata afirmou que é contra a revisão da Lei da Anistia.
O Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a importância do agronegócio para o país, os direitos LGBT e o próprio mensalão do PT são alguns dos outros muitos temas sobre os quais a candidata hoje alocada no PSB já mudou de opinião conforme a conveniência.
Muitas dessas contradições vieram à tona no seu recém-divulgado plano de governo, plano este que escancarou, além do oportunismo de tantas mudanças de opinião, o improviso e o plágio como modo de trabalho.
Prova disso é a quantidade de trechos do texto que foram simplesmente copiados de outros documentos, sem citar a fonte, sem dar o devido crédito e sem se importar com a falta de ética do gesto.
Após o candidato Aécio Neves apontar que quase metade das propostas de Marina para os direitos humanos era uma cópia literal de plano apresentado pelo ex-presidente Fernando Henrique em 2002, novos trechos feitos na base do copy/paste foram identificados hoje.
O jornal Brasil 247 revelou nesta quinta-feira (4/9) que trechos inteiros do programa do PSB sobre educação, cultura, ciência, tecnologia e inovação foram copiados na íntegra de artigo do professor Luiz Davidovich publicado na edição nº 89 da Revista da USP, em 2011. Isso tudo, novamente, sem citar a fonte nem o autor.
Entre os trechos copiados está justamente o que fala da importância do desenvolvimento da energia nuclear no Brasil, que acabou sendo um dos que foram retirados menos de 24 horas depois de o programa ter sido divulgado – a outra errata lançada pelo PSB dizia respeito aos direitos LGBT.