Brasília (DF) – Falta atenção do Congresso brasileiro às políticas públicas destinadas à criança e ao adolescente. É a conclusão a que chegou um monitoramento feito pela Fundação Abrinq que aponta que menos de 1% dos projetos relacionados a crianças e adolescentes completaram seus trâmites legais no Senado e na Câmara.
De acordo com o Caderno Legislativo da Criança e do Adolescente, lançado pela fundação nesta terça-feira (16), apenas 23, o equivalente a 0,8%, das 2.769 proposições feitas por parlamentares tiveram sua análise concluída pelos Legislativo e Executivo em 2016.
O tesoureiro nacional da Juventude do PSDB, André Morais, destacou a importância do desenvolvimento de políticas públicas para crianças e adolescentes para o fortalecimento da sociedade como um todo.
“A partir do momento em que a gente desenvolve políticas públicas concretas para o adolescente e para a criança, automaticamente a gente já está fortalecendo a nossa juventude. A gente faz com que essa criança e esse adolescente tenham uma formação melhor para justamente termos uma juventude mais fortalecida, mais qualificada, mais bem preparada para os desafios da vida”, pontuou.
Outra justificativa para a falta de políticas públicas revisadas para crianças e adolescentes, na visão do tucano, é a fraca conexão entre a população e seus representantes legislativos.
“É um pensamento meu. Às vezes isso acontece porque esse público não dá voto, vamos ser sinceros. E muitos desses congressistas acabam não se preocupando, não tendo uma visão ampla e social do que realmente é representar a sociedade. Falta um pouco mais de consciência social de muitos políticos, de saber que eles estão ali para defender os interesses da sociedade e melhorá-la”, alertou.
“Muitos congressistas não têm conhecimento dos reais anseios da base, do que a criança e o adolescente precisa, e por isso é importante que a juventude também lute pela criança e pelo adolescente”, acrescentou o tesoureiro da JPSDB.
“Mais do que só as fundações de apoio, que fazem um trabalho muito importante, é hora cada vez mais da juventude, dos movimentos sociais organizados terem uma pauta de luta a favor da criança e do adolescente, já que, lutando pela criança e pelo adolescente, também está lutando por uma juventude mais preparada para o futuro”, considerou.
Papel do PSDB
Esse é um papel que o PSDB tem buscado desempenhar com afinco. “Uma das coisas das quais nos orgulhamos muito no PSDB é de lutar pelos espaços de juventude”, ressaltou André Morais.
“Que a gente, cada vez mais, tenha jovens no Parlamento, à frente de movimentos sociais, movimentos de apoio. O PSDB dá um grande passo de crença no futuro do país quando ele investe de forma bastante eficaz na sua juventude, quando investe na integração entre lideranças jovens e lideranças experientes, para justamente apoiar as juventudes locais. Mais do que o PSDB e a Executiva Nacional, também é interessante esse fortalecimento que a juventude nos estados tem tido, com apoio dos líderes locais”, completou.
Leia AQUI a reportagem do jornal O Estado de Minas.