27/ 02/ 2013 às 17:53
Brasília – Apesar de condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), três nomes envolvidos no escândalo do mensalão, no que depender do Partido dos Trabalhadores (PT), deverão permanecer nos cargos de direção. O ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT, deputado José Genoíno (SP) e o deputado federal João Paulo Cunha (SP) farão parte da corrente majoritária que concorre à eleição para o Diretório Nacional, em novembro.
Segundo o deputado federal Izalci (PSDB-DF), desde que o PT assumiu o comando do país, questões de natureza ética não são mais prioridade. “A grande marca que o partido deixa para a politica é a marca da corrupção. A sociedade quer respostas para essas ações ”, critica.
“Ao desqualificar o julgamento do STF, o PT mostra indiferença para a questão da moral política. A regra vale apenas para terceiros”, aponta Izalci.
Ao jornal O Globo desta quarta-feira (27), o deputado federal Paulo Ferreira (PT-RS) acredita não haver razão para afastar os
Deputado Izalci Lucas (DF)
condenados, pois o julgamento do STF foi “eminentemente político”. Ele acredita que os mensaleiros poderão fazer parte do diretórios mesmo após serem presos.
Mensalão – Considerado o maior julgamento da história do STF, a Ação Penal 470 julgou 38 réus, da qual 25 foram condenados por pelo menos um crime. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu recebeu pena de 10 anos e 10 meses de prisão por ter comandado o esquema de dentro do Palácio do Planalto, sendo condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa; o ex-presidente do PT e deputado federal José Genoíno (SP) por formação de quadrilha e corrupção ativa pela compra de votos de parlamentares, com pena estipulada em seis anos e 11 meses de prisão e o deputado federal João Paulo Cunha (SP) a nove anos e quatro meses por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.