Pela segunda vez consecutiva, o mercado financeiro puxou para baixo a projeção para a inflação deste ano. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,19% para 4,15%, percentual abaixo do centro da meta, de 4,5%. A perspectiva destoa dos patamares elevadíssimos registrados em 2015, durante o governo Dilma Rousseff, quando a inflação fechou o ano em 10, 67%.
Para o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), é forte a sinalização de que o custo de vida pode ser reduzido para aliviar o bolso do consumidor brasileiro.
“A gente torce para isso. Eu acho que é uma sinalização muito boa. A economia já sinalizou que pode melhorar, e isso acaba atraindo mais investimentos, as pessoas ficam mais otimistas.”
Izalci observa que a estimativa de inflação mais baixa não vem sozinha. O mercado financeiro também apresenta perspectivas positivas
para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país – e que aponta crescimento em 0,48% após dois anos de recessão. A expectativa é que a taxa básica de juros também seja controlada, e fique em 9% ao ano.
Izalci observa que as projeções são respostas claras das mudanças promovidas pelo governo Temer, mas adverte que a recuperação da economia passa, obrigatoriamente, pela aprovação das reformas encaminhadas pelo Executivo ao Congresso Nacional.
“É reflexo de uma perspectiva nova. Ganha-se credibilidade e, com isso, mais investimentos. Isso é o que a gente esperava mesmo que acontecesse com as medidas anunciadas, com o teto de gastos aprovado. Mas agora é preciso avançar. Temos que aprovar as demais reformas.”
Ainda de acordo com o boletim Focus, o crescimento da economia pode ser ainda mais expressivo no ano que vem, e a perspectiva para o PIB passou de 2,4% para 2,5%. Para 2018, os juros devem ficar ainda mais baixos, em 8,5% ao ano.