Preso temporariamente nesta quinta-feira (22) na 34ª fase da Operação Lava Jato, o ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, Guido Mantega, é apontado pelos investigadores como possível elo financeiro entre o esquema de corrupção que teria sido montado nas gestões do PT.
Para o presidente do PSDB de Pernambuco, deputado Antonio Moraes, o episódio atinge fortemente o Partido dos Trabalhadores no momento de uma eleição municipal e quando a legenda já enfrenta rejeição do eleitorado em várias cidades do país, de acordo com as recentes pesquisas de intenção de voto.
O tucano avaliou que a decisão do juiz Sérgio Moro de revogar a prisão de Mantega, seis horas após sua deflagração, em função do quadro clínico da esposa do ex-ministro, “protege” a Lava Jato das acusações do PT de que suas ações são “abusivas”.
A decisão, porém, não atenua em sua avaliação as graves denúncias que levaram à prisão do ex-ministro da Fazenda e que podem complicar os ex-presidente Lula e Dilma, dada a relação de confiança que Mantega mantinha com os petistas em sua longa permanência à frente do ministério da Fazenda.
A prisão de Guido Mantega se deu a partir de um depoimento prestado pelo empresário Eike Batista ao Ministério Público Federal (MPF), no qual ele diz ter pago, a pedido do então ministro, R$ 5 milhões ao Partido dos Trabalhadores (PT). Na ocasião, Mantega era presidente do Conselho de Administração da Petrobras.