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Ministério da Saúde lança plano para reduzir mortes no trânsito

Trinta mil pessoas morrem por ano em conseqüência de acidentes de trânsito. Preocupado com esse índice, o Ministério da Saúde, em parceria com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), lançou na manhã de hoje o Plano de Intervenção para Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito, na Organização Panamericana de Saúde (Opas).

O plano prioriza ações de educação para diminuir o número de acidentes até o final deste ano. Ao todo, vão ser investidos R$ 15 milhões, provenientes do seguro obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat).

¥Já estamos com seis milhões de reais disponíveis para iniciar a execução do plano, em parceria com os governos estaduais e as prefeituras, em nove estados da federação e 84 municípios onde temos o maior número de ocorrência de óbitos por acidentes de trânsito¥, afirmou o secretário.

Segundo ele, a maior causadora dos acidentes é a imprudência, como falta do uso do cinto segurança, alta velocidade, ultrapassagem nas estradas de maneira irregular e uso de álcool e drogas.

¥Recentemente foi feita uma pesquisa em São Paulo que o uso do álcool está sendo associado a outras drogas como a cocaína, maconha e até remédio contra distúrbios do sono, o que tem aumentado o número de óbitos de pessoas jovens¥, explicou Duarte.

Os acidentes de trânsito são responsáveis pelo maior índice de internações hospitalares entre as chamadas causas externas, que incluem homicídios, suicídios e outras violências. O Ministério da Saúde chega a gastar, anualmente, R$ 105 milhões com essas internações no Sistema Único de Saúde (SUS).

O plano tem como objetivo melhorar a qualidade das informações sobre as vítimas de acidentes de trânsito. Espera-se capacitar 7,5 mil profissionais com 235 cursos em 184 municípios de todo o país.

¥Outros componentes deste plano são estudos e avaliações. O Ministério vai investir ainda cerca um milhão de reais para melhorar as informações sobre os acidentes e para desenvolver estudos econômicos que avaliem o impacto social desses acidentes sobre a economia e a sociedade brasileira¥, destacou o secretário.

Implementar medidas de prevenção para diminuir os principais fatores de risco, envolvendo condutor, pedestre, via pública e veículo; mobilizar e capacitar profissionais de saúde dos serviços de emergência para notificar todos os tipos de causas violentas geradoras das lesões que ocasionaram atendimento e internações; construir bases de dados para identificar as áreas críticas para acidentes de trânsito são algumas das estratégias que vão ser adotadas pelo plano nos próximos 18 meses.

¥Nós temos que trabalhar principalmente com a prevenção, a mobilização, a punição e a fiscalização das normas do Código Brasileiro de Trânsito, que foi uma medida importante, e de mobilização dos trabalhadores de transporte¥, destacou Cláudio Duarte. De acordo com ele, em São Paulo morre um motoboy a cada dia por causa de acidente de trânsito.

O radar, segundo Cláudio Duarte, é uma ação importante porque coíbe e pune os motoristas que trafegam em alta velocidade.

¥Outra alternativa é a construção de passarelas. Nós constatamos nos últimos anos que houve uma redução do número de acidentes em geral, em conseqüência do Código de Trânsito, mas houve um aumento dos acidentes provocados por atropelamentos¥, disse Duarte.

Para ele, é preciso que a população se conscientize e use a faixa de pedestre para atravessar as ruas.

Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília serão as cidades priorizadas pelo plano por serem as mais populosas do país.

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