Na expectativa da confirmação do impeachment pelo Senado, a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff prepara um recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a provável decisão. No entanto, o mérito do afastamento definitivo da petista é exclusivo do Senado, cabendo ao STF apenas interferir sobre possíveis erros no rito do processo.
A expectativa é de que o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e a sua equipe de advogados apresentem um mandado de segurança impugnando o ato do próprio presidente da Corte, o ministro Ricardo Lewandowski, que conduz o julgamento no Senado.
O ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou achar “muito difícil” que a Corte venha a mudar uma possível decisão política pelo impeachment de Dilma.
Para ele, recorrer de um ato do próprio presidente do STF é um debate “muito delicado”, conforme revela matéria publicada hoje (30) pelo jornal O Estado de S. Paulo.