Sancionada nesta quinta-feira (13) pelo presidente Michel Temer, a modernização das leis trabalhistas vai dar maior competitividade às empresas brasileiras, que deverão enfrentar maior concorrência de produtos vindos da Europa caso o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) seja realmente fechado. A avaliação é do Ministério das Relações Exteriores, comandado atualmente pelo chanceler tucano Aloysio Nunes Ferreira.
De acordo com o embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, subsecretário-geral da América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, a abertura aos mercados europeus vai “mudar a direção da economia brasileira”. “Vamos ter de enfrentar de cara nossos problemas de competitividade”, argumentou Mesquita, que destacou ainda que a criação de barreiras aos produtos estrangeiros “não funciona mais”. As informações são de matéria de jornal O Estado de S. Paulo.
À reportagem do Estadão, a consultora Lúcia Maduro, especialista em economia internacional, também celebrou a importância da abertura do Brasil à entrada de produtos industrializados europeus. “O acordo vai ter um impacto grande sobre as demandas de competitividade, principalmente para a indústria”, analisou.
O Brasil assume a presidência do Mercosul na próxima semana, em uma reunião de cúpula que será realizada em Mendoza, na Argentina. A meta do bloco é concluir o acordo com a União Europeia até dezembro. Além deste pacto, o grupo também deverá concluir, ainda neste semestre, um acordo que permitirá que as empresas de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai participem de licitações públicas dos quatro governos, em igualdade de condições com as empresas locais.
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