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MPF decide reabrir processo sobre ‘pedaladas fiscais’ do governo Dilma

Um ano após a conclusão do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o Ministério Público Federal (MPF) reabriu o inquérito sobre as investigações das chamadas ‘pedaladas fiscais’ do governo da petista. Parcialmente arquivado em 2016, o caso agora deve ficar com a Procuradoria da República no Distrito Federal, em primeira instância, por não envolver mais agentes com foro privilegiado.

Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), a reabertura do inquérito vai permitir que a Justiça tenha maior abrangência sobre o crime e investigue a fundo as irregularidades do governo petista.

“Isso vai ao encontro do que sempre o PSDB debateu e afirmava. Contra os fatos, não haveria argumento, quando o PSDB demonstrou que aquele processo tinha veracidade em virtude de efeito manobra orçamentária, que é uma caracterização das chamadas ‘pedaladas’. E isso tudo faz com que nós possamos ter, acima de tudo, a certeza de que é necessário aprofundar todo esse processo.”

As pedaladas fiscais consistiram no atraso de repasses do Tesouro Nacional para que bancos públicos e outros órgãos oficiais pagassem obrigações do governo com programas sociais e empréstimos subsidiados. Por conta da falta desses recursos, as instituições tiveram de pagar as despesas com as próprias verbas. Raimundo Gomes de Matos também criticou as intenções do ex-presidente investigado Luiz Inácio Lula da Silva de voltar à presidência do Brasil.

“Ele [Lula] continua em caravana principalmente pelo Nordeste – onde ele tem uma densidade eleitoral maior – e que tenta buscar efetivamente essa consistência eleitoral. Mas, com certeza, a população não irá sinalizar nenhuma base de apoio nesse sentido.”

No inquérito, será investigada a responsabilidade do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e do ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin. Os dois são suspeitos de terem participado de atrasos propositais no pagamento de dívidas do governo a outras instituições estatais –  algo que configurara como um “empréstimo” irregular, pois encobria o resultado das contas públicas.

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