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‘Muitas vezes o cidadão não percebe, mas a vítima é ele’, diz Anastasia para O Globo

28110014323_032b1851b1_zO relator do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, na Comissão Especial do Senado, Antonio Anastasia (PSDB), afirmou em entrevista ao jornal O Globo deste domingo (7), que existem provas robustas contra a petista.

Segundo o tucano, depoimentos, documentos e análises da perícia técnica durante a fase de instrução ajudaram na confirmação das chamadas “pedaladas fiscais” e a edição, por parte de Dilma, de decretos sem a devida autorização legislativa.

Anastasia esclareceu também que o desrespeito as questões orçamentárias e fiscais impactam diretamente na vida do cidadão, que nem sempre percebe que é o principal prejudicado.

O senador tucano afirmou que o relatório evidenciou a ação coordenada entre o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CMV) em relação as “pedaladas”. Para ele, as instituições fizeram “vista grossa”, permitindo que as irregularidades acontecessem. “Essa ação é evidente porque se sabia que era operação de crédito. É claro que é orientação de governo e a LRF atribui à chefia do Executivo essa responsabilidade”, disse Anastasia.

E acrescentou: “Um governo irresponsável do ponto de vista orçamentário e fiscal recebe esse descrédito internacional e isso recai cai na população imediatamente, com queda do PIB, menos investimento, inflação e desemprego. Cai a arrecadação tributária e você piora os serviços públicos, a Saúde, a Educação. Muitas vezes o cidadão não percebe, mas a vítima é ele”.

Lava Jato

Sobre a Operação Lava Jato, Anastasia destacou que o Brasil passa por uma “revolução” do ponto de vista de práticas e hábitos e que as investigações estão contribuindo para que a sociedade fique cada dia mais rigorosa nas questões referentes à política. Ele considera o momento político “agudo” mas necessário para o aperfeiçoamento da democracia.

“Temos de encarar essa operação [Lava Jato], como outras que já tivemos e outras que teremos, dentro dessa visão de um processo de fortalecimento do Judiciário, do Ministério Público, mas sem jamais imaginar que uma acusação sem defesa possa ser uma condenação”, afirmou.

Clique aqui para ler a íntegra da entrevista no jornal O Globo.

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