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Na contramão da crise, Paraná gerou 230 mil empregos em seis anos

Mesmo com a crise, que atinge o país e disparou o índice de desemprego, o Paraná, sob o comando do governador Beto Richa (PSDB),  é o segundo Estado que mais criou empregos formais no Brasil entre janeiro de 2011 e abril deste ano. Já descontadas as demissões, são 230,2 mil empregos gerados no período. O Paraná ficou à frente de estados como Santa Catarina (208,4 mil), Goiás (204,3 mil) e Rio Grande do Sul (190,7 mil).

Os dados são de um levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. O primeiro lugar ficou com São Paulo, com saldo de 373,8 mil vagas.

“O Paraná teve não apenas um desempenho melhor do que economias maiores do que a dele, mas também superior a Estados mais populosos, como Rio de Janeiro, que 32,2 mil vagas, e Minas Gerais, com 167,1 mil”, diz o diretor-presidente do Ipardes, Júlio Suzuki Júnior.

Ambiente

Na avaliação de Suzuki Junior, boa parte desse resultado se deve ao fato de o Paraná ter criado um ambiente mais favorável para o setor produtivo, atraindo mais investimentos e empregos.

Ele afirma que teve papel fundamental nesse processo o Paraná Competitivo, programa de incentivos fiscais do governo estadual, que atraiu mais de R$ 40 bilhões em investimentos produtivos para o Estado desde 2011. Os empreendimentos beneficiados criaram empregos, o que elevou o poder de consumo e se refletiu no desempenho dos setores de comércio e serviços.

Outro fator fundamental, diz o presidente do Ipardes, é a política do salário mínimo regional. “O reajuste do salário mínimo regional foi equilibrado ao conseguir recompor poder de compra do trabalhador, ao mesmo tempo em que não onerou o setor produtivo. Isso com certeza fez diferença nesses números”, afirma.

Setores

De acordo com o levantamento, comércio e serviços foram os que tiveram os maiores saldos de emprego no Paraná no período. Foram 156,3 mil novos empregos nas atividades de serviço e outros 81,8 mil no comércio.

A agropecuária, por sua vez, ficou em terceiro lugar, com 6,6 mil vagas, e a administração pública em quarto lugar, com 5,7 mil vagas. Serviços industriais de utilidade pública registraram um saldo de 2,2 mil vagas e o setor extrativo mineral ficou com saldo de 638.

No período, o peso negativo veio da construção civil, que registrou perda de 6,2 mil postos, e a indústria da transformação, que eliminou 16,8 mil.

Retomada

Os dois setores foram os mais afetados pela crise econômica, com resultados negativos principalmente em 2015 e 2016. No entanto, já há uma retomada. No primeiro quadrimestre, a indústria de transformação já recuperou boa parte das vagas perdidas nos últimos anos, com saldo de 10,2 mil empregos. As indústrias de alimentos, automotiva e de confecções são destaques. Na construção civil, o saldo no quadrimestre foi positivo em 2.234 vagas.

Entre janeiro de 2011 e abril 2017, Curitiba foi a cidade que mais gerou empregos, com saldo de 23,5 mil vagas, com uma participação de 10,2% do total. Maringá ficou em segundo lugar (17,5 mil), seguida por Cascavel (13,1 mil), Londrina (9,7 mil), Foz do Iguaçu (9,5 mil) e Ponta Grossa (7,8 mil empregos).

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