Ao discursar no Congresso Nacional durante sua posse para o segundo mandato, no ano passado, Dilma anunciou que o lema de seu novo governo seria “Brasil, Pátria Educadora”. Na época, a petista afirmou que a frase sintetizava a educação como prioridade de seu governo ao longo de quatro anos. Pois até agora, a realidade é bem outra: a inadimplência nas universidades privadas atingiu o maior nível dos últimos cinco anos.
Os cortes no Fies (programa de financiamento estudantil para o ensino superior) e a taxa de desemprego imposta pelo governo da petista ajudam a explicar o aumento em 9% do calote nas universidades – apesar de Dilma ter lançado como lema do seu segundo mandato a prioridade na educação do país.
Em relação a 2014, a inadimplência cresceu 13%, como mostra reportagem da TV Globo veiculada nesta terça-feira (12) no Bom dia Brasil. Segundo o Ministério da Educação, o número de novas vagas do Fies caiu. Em 2014, foram 732 mil contratos. No ano de 2015, 313 mil. Já este ano são 325 mil – 250 mil no primeiro semestre e só 75 mil agora para depois de julho.
O deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) aponta as falhas da gestão petista na educação brasileira e diz que o setor foi usado com o objetivo de ganhar as eleições, no ano de 2014.
“Quando foram aumentadas as ofertas de vagas nos programas, o intuito era o de apenas enganar a população no ano eleitoral. Passou a eleição e foram feitos os cortes. Então, a gente está pagando aí uma dívida com a educação brasileira alta, por conta da irresponsabilidade da eleição de 2014. Isso começa a trazer consequências em 2015 e agora, em 2016, é natural que isso tenha estourado.”