Em seis horas de depoimentos à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, nesta terça-feira (15), a presidente da Petrobras, Graça Foster, reconheceu: a compra da refinaria de Pasadena (EUA) não foi um bom negócio.

O Conselho de Companhia da empresa, segundo Foster, não deu importância a cláusulas do contrato que colaboraram com a disparada do preço de Pasadena de US$ 360 milhões para US$ 1, 2 bilhão.
“A gente coloca muito claro que o negócio originalmente concebido tornou-se um investimento de baixo retorno sobre o capital investido. Traduzindo: ele não foi um bom negócio. Não foi definitivamente um bom negócio. Hoje, olhando aquelas dados, não foi um bom negócio. Não há como reconhecer na presente data que se tenha feito um bom negócio, isso é iquestionável do ponto de vista contábil”, declarou Graça Foster.
A presidente da Petrobras detalhou o que foi desconsiderado pelo Conselho de Administração da Petrobras no contrato para a compra de Pasadena.
“Em nenhum momento no resumo executivo, na apresentação feita pela direção da área internacional à época, foram citadas duas condições muito importantes. Ñão se falou na cláusula ‘put option’ (que tornou obrigatória a compra da outra metade da refinaria em 2008) no resumo executivo nem na apresentação de powerpoint, e também não se falou da cláusula de Marlim. Não seguiu para o Conselho de Administração da Petrobras o resumo executivo completo. Não havia menção das duas cláusulas extremamente importantes para tomada de decisão”.
* Informações em O Globo (16/04/14)