Por 292 votos contra 101, a Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (5) o texto-base do projeto que tira da Petrobras a obrigatoriedade de operar com exclusividade o pré-sal. A matéria foi apresentada pelo senador licenciado, ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP).
Sob uma enxurrada de debates, com posições contrárias da oposição, principalmente do PT que acusou de se estar abrindo o processo de privatização da Petrobras, o projeto só depende agora da análise das emendas apresentadas, o que ocorrerá na próxima semana.
O vice-líder do PSDB, deputado federal Daniel Coelho (PE), é um dos defensores da matéria que desconstrói o discurso petista contra o projeto. O tucano argumenta que o PT, mais uma vez, envereda-se pelo discurso “populista e demagogo” quando diz que o projeto significa a entrega do pré-sal às multinacionais. Essa tática, segundo Daniel, também se estendeu à campanha petista de definir como “golpe” o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff tese que, segundo ele, foi rechaçada nas urnas do último domingo (2) com a histórica derrota do PT nas eleições municipais.
“Como é que alguém que fez parte do governo da Lava Jato, do governo que gerou o maior escândalo de corrupção na Petrobras pode falar em salvar a estatal? O que se estar dando à Petrobras é a opção de fazer ou não investimento. Se a estatal não tivesse sido saqueada pelo PT talvez tivesse a condição de fazer os investimentos necessários. É importante que esse Parlamento tenha a coragem de abrir a possibilidade para investimentos internacionais, garantindo a soberania nacional. Não podemos deixar que eles com seu populismo e demagogia continuem a destruir a economia brasileira e a Petrobras”, defendeu.
O PT sempre foi contra o Brasil
Daniel Coelho ressaltou, ainda, que o PT também se guia pelo discurso demagogo para contestar a PEC-241, que estabelece um teto para os gastos públicos. O tucano lembra que os petistas foram contrários à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e agora “repete a prática de sempre ficar contra o Brasil”.
“Não vamos aceitar a mentira de que essa PEC diminui investimentos em saúde e educação. O que reduziu os investimentos foi a quebradeira que eles promoveram. Mesmo com esse ajusto proposto, a previsão é de que as contas brasileiras só se equilibrarão em 2024. Serão mais 8 anos pagando a conta da herança maldita de 13 anos do PT. Estamos falando de responsabilidade com o país, coisa que eles parecem não ter”.