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Nishimori: é preciso auxílio técnico e políticas de crédito às famílias assentadas

Brasília – A política de acesso à terra promovida pelo governo nos últimos anos não foi capaz de assegurar renda e sustento à quase metade das famílias assentadas. Segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 49% das famílias contempladas com as terras pelo programa de reforma agrária do Governo Federal são pobres o suficiente para fazerem jus a algum tipo de programa social.

Para o deputado federal Luiz Nishimori (PSDB-PR), membro da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e desenvolvimento Rural, é preciso oferecer auxílio técnico e políticas de crédito para que as famílias tenham condições de produzir alimentos. “É importante oferecer o Bolsa Família como um “pontapé” inicial, mas o governo deve oferecer assistência para que essas pessoas não mais necessitem do benefício para sobreviverem”, aponta.

Nishimori lembra que além do suporte técnico e financeiro, é preciso investir na educação. “Os jovem abandonam os assentamentos em busca de uma vida melhor, pois ali não encontram condições mínimas de subsistência”.

Em matéria publicada no jornal O Globo, domingo (3), o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Antônio Márcio Buainain classifica como ultrapassado o modelo de reforma agrária utilizado no Brasil. “O modelo é fracassado porque selecionam mal as terras e a localização delas. Muitas das famílias não têm nenhuma aptidão para serem produtoras rurais e o apoio dado a elas é insuficiente. Os sistemas produtivos adotados são equivocados porque, cada vez mais, estão pautados em ideologia, e não em funcionalidade. Os casos de sucesso são, infelizmente, poucos. E não vejo perspectiva de que seja diferente se continuar o atual modelo”, critica.

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