A velocidade com que o mercado de trabalho se deteriorou sob a crise instalada no governo da presidente Dilma Rousseff tem impressionado economistas.
O número de desempregados no país já se equipara à população de Portugal: 10 milhões de pessoas. Segundo cálculo feito pelo economista Alexandre Cabral, por hora, 282 brasileiros perdem o emprego.
As previsões para o futuro não são boas. A estimativa é que até o final do ano esse número alcance 12 milhões.
Para o economista José Roberto Mendonça de Barros, o problema do desemprego é estrutural e não há mais nenhum setor no mercado livre desse fantasma, com exceção da agricultura.
As informações estão na matéria publicada neste domingo (10) no jornal Estado de S. Paulo.
A onda de desemprego aumentou no segundo semestre de 2015, quando os setores de comércio e serviços foram atingidos. No ano passado, 208 mil postos foram fechados na área. A piora se somou aos desligamentos na construção civil e na indústria, em crise há mais tempo.
A expectativa dos economistas é que em 2016 mais 220 mil postos sejam eliminados no comércio. Em 2015, as vendas recuaram 8,6% e, neste ano, devem cair 8,3%.
A queda na renda do brasileiro ajuda a explicar a ruína dos setores de comércio e serviços. O último recuo no setor havia sido observada em 2004, de 1,4%. Neste ano, deve chegar a 2,5%.