Em passagem pelo Recife, nesta sexta-feira (21), o candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que, caso seja eleito, vai instalar na capital pernambucana a primeira brigada da Guarda Nacional, uma espécie de polícia militar federal com atuação em todo o território brasileiro.
“Estudei muito a questão da segurança pública. Em São Paulo,reduzimos 13 mil assassinatos por ano para 3.500 no ano passado. São 10 mil vidas salvas por ano. Vou trabalhar isso no país inteiro começando pelas 150 cidades mais violentas do país. Vou criar em caráter permanente uma Guarda Nacional e a primeira brigada, com cerca de 5 mil integrantes, será instalada no Nordeste com sede no Recife”, adiantou.
“Autonomia de Suape fortalece a região”
Outra medida anunciada por Alckmin, nesta sexta (21), foi a devolução da autonomia do Complexo Industrial Portuário de Suape, localizado em Pernambuco. Com a chamada Lei dos Portos, assinada pela ex-presidente Dilma, os processos de licitação e arrendamentos dos portos de todo o país ficaram centralizados na Secretaria Especial de Portos, órgão do governo federal.
“A primeira medida que eu vou tomar será a de devolver a autonomia portuária de Suape. Uma medida que pode ser rápida e importante no sentido de fortalecer a região”.
“Bolsonaro elege o PT”
Em entrevista a rádio Jornal do Commercio, Geraldo Alckmin se revelou bastante preocupado com os “extremismos” que estão ditando o rumo das eleições deste ano. Segundo ele, vem ocorrendo um movimento “equivocado” do eleitorado anti-petista ao se decidir pelo voto em Jair Bolsonaro (PSL), acreditando ser ele o único candidato capaz de evitar a volta do PT à Presidência.
“É um equívoco achar que votando em Bolsonaro estará contra o PT. É o contrário. O Bolsonaro elege o PT porque a rejeição dele é maior que a de todos (os candidatos). Eu tenho dito e repito: Bolsonaro é o passaporte para o PT voltar. Ele é o único que perde do PT”.
“Extremismos não ajudarão o Brasil a sair da crise”
Alckmin comentou, ainda, a carta aberta divulgada nesta quinta-feira (20) pelo ex-presidente Fernando Henrique (PSDB). No documento, FHC defende uma união dos candidatos presidenciais que “não se aliam a visões radicais”.
“Qualquer dos polos da radicalização atual que seja vencedor terá enormes dificuldades para obter a coesão nacional suficiente e necessária para adoção das medidas que levem à superação da crise”, diz Fernando Henrique em um dos trechos da carta.
Para Alckmin, a carta é um chamado “à reflexão”, um “alerta” para o fato de que a opção pelo “extremismo” não ajudará o Brasil. “Não podemos ir para o radicalismo. A situação do Brasil é muito grave. O país não pode errar de novo porque quem paga a conta é o povo. Concordo plenamente com a carta, que não é pessoal, mas um alerta para o fato de que os extremismos não vão nos ajudar a sair da crise”.