Acossada por inúmeras denúncias contra seu governo e sua conduta, a presidente Dilma Rousseff demonstra mais uma vez que se encontra sem argumentos de defesa. Tenta transformar ações institucionais em simples vontade de uma minoria. Consegue, no máximo, autoritariamente, afirmar que a aplicação rigorosa das leis é ato de sua vontade pessoal. Mais uma vez, portanto, atrapalha-se com as palavras e desrespeita o bom senso.
A presidente Dilma não se defende apenas de investidas da oposição, mas de órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral, o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público e a Polícia Federal. É por causa de suspeitas de crimes como extorsão para obter verbas de campanha, abuso do poder econômico e manipulação das contas do governo que a presidente deve respostas a essas instituições e à sociedade. Se alguém feriu a democracia, foi a própria presidente.
Ao invés de se agarrar com unhas e dentes ao mandato, a presidente deveria ter se agarrado às promessas de campanha como a preservação dos direitos dos trabalhadores, o crescimento sustentável da economia, e em evitar a profunda crise que o Brasil enfrenta por erros do próprio governo. É por tudo isso que a presidente é aprovada por apenas 9% dos brasileiros.
Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da Oposição na Câmara dos Deputados