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“O governo do PT é galinha que cacareja para a esquerda, mas bota ovos para a direita”

aloysio_sub14-310x220“O governo do PT é uma galinha que cacareja para a esquerda, mas bota ovos para a direita”. Foi com essa frase, atribuída a Leonel Brizola (1922-2004), ex-governador do Rio de Janeiro, que o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) definiu a atitude do Partido dos Trabalhadores ao propor um ajuste fiscal para a população brasileira.

Com a frase, o tucano quis dizer que os petistas se dizem defensores dos direitos dos trabalhadores, quando na verdade, quem mais lucrou nos governos Lula e Dilma foi o grande capital financeiro.

Ele discursou contra o Projeto de Lei de Conversão nº3, baseado na Medida Provisória 665/2014, discutida na tarde desta quarta-feira (20) no plenário do Senado. A proposta altera critérios para a concessão do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso, e foi considerada por Aloysio, “cúmulo da insensatez e da crueldade”.

Junto com a MP 664/2014, as duas formam o chamado ajuste fiscal. Para o senador paulista, pior ainda é que tais medidas contribuem para aprofundar a degradação política do país, nas relações entre o Congresso Nacional e o Executivo.

“Quantos e quantos cargos não foram distribuídos para tentar obter o apoio de maioria parlamentar para a aprovação dessas medidas? O ministro da Aviação Regional (Eliseu Padilha, que tem feito junto ao vice-presidente Michel Temer a intermediação entre a Presidência e o Congresso) não tem mais mãos a medir, não tem mais maletas para guardar os envelopes que lhe chegam às mãos, para administrar as chaves da governabilidade, as únicas que a presidente sabe manejar”.

Aloysio também atribui essa troca de cargos por votos à “falta de aptidão, de liderança, de um projeto para o país, de um projeto de crescimento, de desenvolvimento “, feito à base de mentiras na campanha eleitoral de 2014. O tucano lembrou que, se o país estivesse tão bem no ano passado como o marketing petista promovia, não seria necessário realizar um ajuste na economia em 2015.

“Combater o desequilíbrio fiscal com aumento de juros, aumento de tributos e retirando direitos de trabalhadores só fará agravar a situação de letargia em que se encontra a economia brasileira”, finalizou.

Chuva de notas

Em seguida ao pronunciamento de Aloysio, durante a fala do senador Humberto Costa (PT-PE), integrantes da Força Sindical atiraram uma chuva de notas com o rosto da presidente Dilma no plenário. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu então que as galerias fossem desocupadas.

* Da Liderança do PSDB na Câmara

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