PSDB – PE

“O impeachment está maduro na Câmara, não tem como não ocorrer”, avalia Daniel Coelho

25190073704_7519880762_zO vice-líder do PSDB na Câmara, deputado federal Daniel Coelho (PE), avalia que o alto percentual de brasileiros que apoiam o impeachment da presidente Dilma Rousseff  – registrado na recente pesquisa Datafolha, publicada neste domingo (20) – refletirá em votação favorável ao processo que tramita na Câmara. A pesquisa apontou que 68% dos consultados defendem a saída da presidente do cargo.

“Esse percentual de apoio da população ao impeachment de Dilma refletirá nos políticos. Por isso, acredito que o processo está maduro na Câmara. Talvez fiquem contra três partidos, que fazem uma defesa irracional do governo, que são o PT, PSol e o PC do B. Na minha opinião, o impeachment vai acontecer. Não há mais outro caminho. Com esse nível de indignação popular, os fatos relevantes que foram apresentados, as provas que já se tem, não tem como não ocorrer”, avalia o parlamentar.

Numa eventual aprovação do impeachment no Congresso Nacional e, por consequência, a instalação do governo de Michel Temer (PMDB), defende Daniel Coelho que o melhor apoio que o PSDB pode dar será na votação de uma agenda que tire o país da crise e permita o início de um processo de “reconstrução” do Brasil.

“Nós devemos ajudar um eventual governo Temer numa pauta parlamentar, mas não devemos ocupar cargos porque esse não é nosso governo, nós não votamos em Temer. Agora se ele apresentar uma proposta para tirar o país da crise, nós vamos apoiar com votos no Congresso. É a melhor ajuda que o PSDB pode dar a esse processo de reconstrução que não será fácil. Mas agora é articulação e conversa no sentido de consolidar essa posição do impeachment e pensar no futuro do país”.

A rejeição à presidente Dilma e ao PT – que também vem perdendo apoio popular – refletirão no desempenho do partido nas eleições deste ano na avaliação de Daniel Coelho. Embora concorde que eleições municipais carreguem fortemente um componente local, os escândalos nacionais devem pautar o debate eleitoral, inevitavelmente.

“Eu acho que o PT terá grandes dificuldades para eleger prefeitos este ano. Aumentou muito a rejeição ao partido, as pesquisas têm mostrado isso. Embora as eleições municipais tenham fortemente um componente local, não dá para tapar o sol com a peneira: há um desgaste político do PT que terá reflexo na eleição. A gente não sabe exatamente o tamanho dele, mas acho que dificilmente o PT sairá vitorioso em alguma grande cidade ou numa capital importante. Eles devem ter o número de prefeitos bastante reduzido por conta do que está acontecendo no plano nacional”, prevê.

 

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