O deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) credita à pressão da sociedade – que vem mostrando a cada dia seu ‘poder’ – o reforço ao placar de votos favoráveis ao impeachment da presidente Dilma (PT) a três dias da votação no plenário da Câmara, marcada para o próximo domingo (17/04).
“Está evidente pela pressão da sociedade que ela acordou e mostrou seu poder. Hoje, sabemos que o impeachment já tem mais 380 votos a seu favor e, portanto, passará. O impeachment para o PSDB não é um atalho para o poder. Não é escolha ou desejo, é necessidade e fatalidade histórica”, esclarece.
Confiante de que, no momento, há cerca de 380 votos em favor do afastamento da presidente, o parlamentar considera oportuno e importante que a oposição comece a pensar no futuro do Brasil. O tucano pretende defender, junto à direção nacional do PSDB, alguns pontos que considera necessários ao Brasil pós-Dilma.
Entre esses pontos estão uma agenda de reformas – entre elas a maior de todas, a política – e um plano emergencial de superação da crise que inclui “responsabilidade fiscal e corte de ministérios e cargos comissionados”.
Para Daniel Coelho, um eventual governo Michel Temer deve ser visto como “transitório” e espera que sua composição seja “ousada” e esteja “acima dos partidos” como forma de fugir “às práticas vigentes do presidencialismo de cooptação e loteamento da máquina pública”.
“Não queremos cargos, queremos salvar o Brasil”, reforça o tucano.
Entende, ainda, que num Brasil pós-Dilma deve ser “premissa básica” do PSDB a defesa da continuidade da Operação Lava Jato e do trabalho do juiz Sérgio Moro.