A fixação do salário mínimo de R$ 151,00 – com a possibilidade dos governos estaduais definirem um valor adicional de acordo com critérios próprios – é um avanço econômico importante. É o valor possível.
O PSDB reivindicou – como partido da base governista – que o novo mínimo fosse de R$ 160,00 mas entende as razões de Governo para não chegar a esse patamar. As contas da Previdência não suportam mais do que R$ 151,00. E contra os números não há demagogia que resista.
É bom recordar, ainda, que a equipe econômica pretendia inicialmente conceder um reajuste na ordem de R$ 145,00. A pressão do PSDB aliada a de outros segmentos da sociedade levou o Governo a procurar um valor acima do que os cálculos econômicos iniciais permitiam.
O PSDB não se conformou e trabalhou politicamente, com lealdade ao Governo, para que se definisse o maior salário mínimo possível.
A nova regra que concede aos governadores o direito de definir um salário mínimo regional vai expor para a opinião pública a maneira como cada governante trata as questões do Estado que está sob sua responsabilidade.
Os governadores demagogos que arrotavam estar em condições de aumentar o salário mínimo estão, agora, com os meios legais para fazê-lo.
Os que sempre trataram a questão seriamente, como o governador paulista e tucano Mário Covas, reafirmaram sua posição de reajustar o valor do salário mínimo dentro de suas realidades econômicas estaduais e vão acompanhar o governo federal.
É assim que um governante tucano age: com seriedade, sem demagogia e sem procurar o aplauso fácil e nem o holofote momentâneo da mídia.