PSDB – PE

“O verdadeiro golpe contra o Brasil”, por Domingos Sávio

 Foto Alexssandro Loyola
Foto Alexssandro Loyola

Desesperados diante da iminência de serem apeados do poder, petistas tentam a todo custo rotular como “golpe” o legítimo processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em trâmite no Congresso Nacional. Além de menosprezar a inteligência dos brasileiros, essa narrativa do PT desrespeita os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), que avalizaram e definiram o rito que esse processo deve seguir.

Se houvesse alguma ilegalidade, o processo certamente teria sido interrompido pela mais alta corte do país. Além disso, dois ex-ministros do STF (Carlos Ayres Britto e Eros Grau) e cinco atualmente no exercício da função (Celso de Mello, Ricardo Lewandovsky, Luis Roberto Barroso, Dias Toffoli e Cármen Lúcia) vieram a público e afirmaram com todas as letras que “impeachment não é golpe”, uma vez que se trata de instrumento legal previsto na Constituição brasileira.

Como se não bastasse, o conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) formulou um novo pedido de impeachment, ainda mais abrangente do que aquele que tramita atualmente na Câmara dos Deputados. Além das chamadas “pedaladas fiscais”, a OAB, que também assinou o pedido de impeachment de Collor em 1992, elenca os seguintes motivos, que, no entender da vetusta instituição, caracterizam crimes de responsabilidade por parte da presidente Dilma: as renúncias fiscais ilegais em favor da Fifa durante a Copa do Mundo de 2014; a intenção de beneficiar o ex-presidente Lula, alvo de investigação judicial, atribuindo-lhe prerrogativas de ministro de Estado; e a tentativa de interferência no Poder Judiciário para julgamento de processos envolvendo réus na Operação Lava-Jato.

Onde está, então, o golpe? A bem da verdade, o verdadeiro golpe foi praticado pelo PT contra o Brasil e os brasileiros, quando, no afã de se perpetuar no poder, o partido utilizou mentiras, manipulou dados, fez uso inapropriado de recursos públicos, burlou a Lei de Responsabilidade Fiscal e patrocinou um grande esquema de corrupção para irrigar com propinas suas campanhas eleitorais, conforme está ficando cada vez mais claro e evidente nas investigações da Operação Lava-Jato.

As últimas revelações, sobretudo aquelas feitas na delação do senador Delcídio do Amaral, ex-líder do governo petista no Congresso Nacional, são ainda mais estarrecedoras, pois dão conta de que o ex-presidente Lula da Silva e a atual presidente, Dilma Rousseff, não só sabiam das maracutaias cometidas por “companheiros” e aliados como participaram delas, além de ter operado para impedir o avanço das investigações na Justiça.

O verdadeiro golpe foi praticado pelo governo do PT, que, ao saquear os cofres públicos e utilizar a máquina federal em favor de seus interesses escusos, levou o país à bancarrota. Esses e outros malfeitos redundaram na destruição de importantes conquistas alcançadas pela sociedade brasileira ao longo das últimas décadas, como o controle da inflação, o equilíbrio das finanças públicas e a redução da pobreza.

Golpistas são, portanto, os petistas, que, a exemplo do estelionato eleitoral que cometeram na campanha de 2014, em Minas e no Brasil, utilizam uma milionária e estridente máquina de propaganda enganosa para, mais uma vez, tentar ludibriar e confundir os cidadãos com mentiras, falsidades e bravatas.

O problema é que, agora, o PT não pode mais contar com os “efeitos especiais” do marqueteiro João Santana, que, a exemplo de próceres petistas, está atrás das grades por ter se locupletado com recursos desviados da Petrobras, naquele que talvez tenha sido o maior golpe e o mais grave crime de lesa-pátria já praticado contra o Brasil e os brasileiros.

Mais do que nunca, o Brasil clama por justiça. Caberá ao Congresso Nacional livrar o país desse governo corrupto e ao Judiciário julgar todos os envolvidos em corrupção, mandando para a prisão os culpados, indiferente ao partido ou empresa a que pertençam.

(*) Domingos Sávio é deputado federal e presidente do PSDB-MG. Artigo publicado no jornal “O Estado de Minas” em 04/04/2016.

Ver mais