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OAS recebeu R$ 200 milhões de fundo de pensão da Caixa no mesmo ano que reformou do tríplex de Lula

Foto: Agência O Globo
Foto: Agência O Globo

A OAS Empreendimentos, empresa investigada na Operação Lava Jato, recebeu cerca de R$ 200 milhões do fundo de pensão dos funcionários da Caixa (Funcef) no mesmo ano em que a empreiteira gastou R$ 777 mil em melhorias no tríplex do edifício Solaris no Guarujá, que seria destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo matéria publicada neste domingo (10) pelo jornal Folha de S. Paulo, o dinheiro da Funcef abasteceu o caixa da OAS para que ela concluísse as obras em três edifícios da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), que foi presidida pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

A CPI dos Fundos de Pensão suspeita que Vaccari usou sua influência política para conseguir a liberação dos recursos do fundo. Na ocasião em que as obras da cooperativa foram repassadas para a OAS, em 2009, o ex-tesoureiro petista era o presidente da Bancoop.

Segundo o relator da CPI, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), o repasse causou prejuízos à Funcef e durante a apresentação do relatório final da comissão, que deve acontecer nesta segunda-feira (11), ele deve pedir o indiciamento dos envolvidos na transação.

A visita de Vaccari à sede do fundo de pensão e conversas apreendidas pela Polícia Federal envolvendo o petista e do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro são algumas das evidências de tráfico de influência apontadas pela CPI.

O juiz Sergio Moro já afirmou, em despacho, que o caso do tríplex e do sítio de Atibaia (SP) podem configurar “ocultação e dissimulação de patrimônio” de Lula, além de corrupção.

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