Brasília (DF) – O apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva há tempos já deixou de ser sinônimo de força política e bons índices nas urnas. Réu na Operação Lava Jato e com a credibilidade minada pelo envolvimento nos maiores escândalos de corrupção da história do Brasil, o mensalão e o petrolão, Lula acabou por afundar as chances dos candidatos que apoiou na campanha de se elegerem neste ano.
As informações são de reportagem desta terça-feira (4) do jornal O Globo. Segundo a publicação, no primeiro turno das eleições municipais, Lula participou de atividades de campanha em 12 cidades, no Sudeste e no Nordeste. Em oito delas, os candidatos que o levaram ao palanque acabaram derrotados, incluindo os concorrentes a prefeito em quatro capitais: Fernando Haddad (PT) em São Paulo, Jandira Feghali (PCdoB) no Rio de Janeiro, Luizianne Lins (PT) em Fortaleza, e Fernando Mineiro (PT) em Natal.
Nem mesmo em seu domicílio eleitoral e berço do Partido dos Trabalhadores, São Bernardo do Campo (SP), Lula conseguiu angariar votos suficientes para o candidato petista, Tarcisio Secoli, que não conseguiu chegar ao segundo turno. O ex-presidente também falhou em conseguir mais votos para os candidatos Marcio Pochmann (PT), em Campinas (SP); Professor Tito (PT), em Sumaré (SP); e Fernando Santana (PT), em Barbalha (CE).
Nas capitais, apenas um candidato que fez campanha ao lado de Lula conseguiu chegar ao segundo turno: o petista João Paulo, em Recife. Já em Ipojuca (CE), apesar do candidato Roberto Salles (PDT) ter obtido a maioria dos votos, sua candidatura foi impugnada por improbidade uma semana após a visita de Lula no município.