Valor Econômico (26) – Uma proposta em tramitação no Senado pretende conter a estatização da economia e a criação de empresas públicas pelo governo do PT. O objetivo é dificultar o processo legislativo para criação de ministério e demais órgãos da administração federal. A iniciativa partiu da oposição, mas desperta simpatia de integrantes da base aliada do Palácio do Planalto. A constatação é que muitas estatais são ineficientes e perdulárias.
Em 2010, o governo Luiz Inácio Lula da Silva criou, por medida provisória, a Empresa Brasileira de Legado Esportivo Brasil 2016, para cuidar dos projetos da Olimpíada do Rio de Janeiro. Um ano depois, antes de começar a funcionar e depois de o Ministério do Esporte ter pago R$ 4,65 milhões para a Fundação Instituto de Administração (FIA) ajudar a organizá-la, a empresa foi extinta.
Também teve vida curta o Banco Popular do Brasil, subsidiária do Banco do Brasil criada em 2003 para atender clientes de baixa renda. Após breve gestão marcada por suspeitas de irregularidades, inclusive envolvimento de um de seus presidentes no mensalão, o Banco Popular foi incorporado pelo BB e, em 2010, oficialmente extinto. Teria custado ao contribuinte cerca de R$ 700 milhões.
Recentemente, outra empresa virou dor de cabeça para o governo: o Ceitec, fábrica de produção de chips transformada em estatal em 2008, por decreto presidencial. Recebeu mais de R$ 600 milhões em investimentos e começou a gerar receitas próprias somente no ano passado (R$ 189 mil). Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou superfaturamento de cerca de R$ 15,8 milhões nas obras da empresa, emperrada por burocracia e defasagem tecnológica, segundo informações do setor.
* Íntegra na edição do jornal desta segunda-feira
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