O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deixou de ser vitrine do governo federal ao ter mais da metade da verba cortada para este ano. A previsão de gastos com o PAC passou dos R$ 65,6 bilhões aprovados pelo Congresso para R$ 30,7 bilhões. Para o deputado federal Bruno Covas (PSDB-SP), a gestão da presidente Dilma Rousseff perdeu o controle das contas públicas, atrasando o crescimento econômico do Brasil.
“Uma falta total de planejamento e um desrespeito completo às contas públicas. Isso faz com que hoje a gente tenha esse tipo de problema gravíssimo a ser enfrentado. Os cortes do PAC refletem uma questão maior que é o fato de que o governo não iniciou. Desde que a presidente Dilma tomou posse no ano passado, ela não iniciou, não implementou nenhuma agenda”, afirmou.
Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (23/02) pelo jornal O Estado de S. Paulo, o valor que será investido no programa neste ano volta aos níveis dos gastos de 2009, quando o PAC ainda dava os seus primeiros passos. Antes de 2009, o gasto permitido era de R$ 28,4 bilhões.
Bruno Covas destacou que os resultados pífios apresentados pelo PAC, aliados à falta de investimentos, são o reflexo de um Brasil sem governo.
“Ela [Dilma] não governa o país. E isso reflete nesses números pífios que o PAC apresenta nesses últimos meses. Isso compromete o país. A gente não vê nenhuma saída a curto prazo apresentada pelo governo”, completou o parlamentar.
O Ministério do Planejamento fixou um limite de R$ 26,4 bilhões para empenhos, que são a primeira etapa da despesa com um determinado projeto. O restante do Orçamento deverá ser destinado à quitação de restos a pagar, ou seja, gastos contratados em anos anteriores.