Em um vídeo gravado para seu perfil no Facebook, o presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, reconheceu que a greve dos caminhoneiros se iniciou por reivindicações justas, por isso recebeu o apoio da população e deixou sua mensagem.
Admitiu o tucano, que o governo federal demorou demais para entender a gravidade da situação mas proporcionou algumas conquistas à categoria que deveria ter finalizado o movimento.
“A greve deveria ter acabado, mas oportunistas partiram para o caminho do caos. O que não justifica manter a população refém da falta de combustível, de alimentos e de remédios. Não podemos permitir que a população pague também pelo oportunismo de candidatos, presos ou soltos, que estão usando a crise para se cacifar”, alertou o tucano.
Para Alckmin, a crise mostra com clareza uma ameaça dos radicais de direita e esquerda à democracia brasileira. Movidos por promover o pior no país, acredita o ex-governador que ambos os extremos tentam desmoralizar a democracia brasileira.
“Democracia não é bagunça, é diálogo. Mas também exige ordem e respeito ao direito coletivo. Não é por meio de demagogia e lideranças aventureiras que vamos melhorar o país”, pondera Geraldo Alckmin.
Na avaliação do presidente nacional do PSDB, não há mais nada que justifique bloqueio de estradas. “É hora de um apelo à razão. É hora de restaurar a ordem e deixar o Brasil voltar ao trabalho”, finalizou.
Ordem constitucional
O líder do PSDB na Câmara do Recife, vereador André Régis, pediu pulso firme das instituições para que não permitam que “a ordem constitucional” seja desrespeitada e que a “economia do país continue sendo destroçada” com a manutenção de alguns bloqueios, mesmo após o atendimento às reivindicações dos caminhoneiros.
“Não podemos permitir que a economia do país seja destroçada por conta da irresponsabilidade daqueles que agem impunemente, inclusive sob o olhar do Estado. A polícia, o Ministério Público, as instituições não podem permitir que nossa ordem constitucional e a vida de tanta gente continuem em jogo”, apelou o tucano em pronunciamento na Câmara.