PSDB – PE

Para David Zilbersztajn, o atraso é a marca da política energética do atual governo

Ex-diretor da ANP diz que o setor começou a se modernizar a partir do governo do PSDB com a Lei das Concessões, a flexibilização da Lei do Petróleo, a incorporação do capital privado e a criação das agências reguladoras

 

david-zilbrsteinO ex-diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), David Zilbersztajn, avaliou que falta elaboração e ação do governo para transformar o setor energético brasileiro, durante o Seminário “Caminhos para o Brasil – Energia”, realizado nesta sexta-feira, 16, pelo Instituto Teotônio Vilela.

“O estoque intelectual desse governo é baixíssimo, está no volume morto. É preciso pensar, elaborar. Atualmente não temos absolutamente nada de elaboração para transformação do setor”, afirmou.

Zilbersztajn começou sua palestra falando sobre a modernização do setor produtivo nacional iniciada no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a consequente evolução do setor de energia.

“Foi a partir do governo do PSDB, com a Lei das concessões, a flexibilização da lei do petróleo, a incorporação do capital privado, a criação das agências reguladoras com autonomia para tomar decisões que começamos a modernizar o setor”.

O ex-diretor-geral da ANP afirmou também que o Brasil possui milhões de oportunidades, mas nada é feito pelo atual governo.

“Não temos política nenhuma de Eficiência Energética por exemplo, geração distribuída, com o centro de produção próximo ao centro de consumo, estamos muito atrasados. É preciso ter leilões de geração distribuída. Em relação à geração elétrica por energias renováveis também se avança muito pouco, como no caso da biomassa, onde temos um enorme potencial e geração baixíssima”.

Zilbersztajn ainda criticou o modelo de partilha e o pensamento atrasado do atual governo. “Modelo de partilha é perfeito para governos autocráticos e ditaduras. Estamos indo no caminho oposto do mundo. Energias renováveis são um grande negócio no mundo inteiro e o governo federal não tem uma política estruturada para estimular a geração por essas fontes. O atraso desse governo impressiona, apostam no petróleo como riqueza maior, enquanto o mundo tenta se livrar dele e busca novas fontes para geração de energia. O petróleo não é o futuro”, finalizou.

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