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Para José Aníbal, PSDB deve dar absoluta prioridade às reformas estruturantes

Com o fim da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, o presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), José Aníbal (PSDB-SP), acredita que o Congresso Nacional do partido deve agora dar absoluta prioridade à discussão das reformas estruturantes. Em entrevista à Folha de S. Paulo publicada neste sábado (5), Aníbal ressaltou a importância da reforma política para o país, tema que deve ser alvo de análise da Câmara até setembro.

O presidente do ITV defendeu que o PSDB faça uma autocrítica para resgatar seus ideais e ajudar na mudança de paradigma político do país. Para Aníbal, “a autocrítica do PSDB é imperativa”. Na sua opinião, o partido errou em algumas práticas políticas.

“[A situação é] propícia para encaminhar as reformas. Com certeza avançar na reforma previdenciária, a idade mínima e acabar com regimes especiais. O Brasil tem de ter de uma noção de tudo o que se faz contra essa reforma. E não é nas ruas não, é nos escaninhos do poder, dentro das instituições, salientou. “Na [reforma] política, além da cláusula de barreiras e do fim das coligações, temos de tentar o voto distrital. Isso nos resolve em grande medida a questão do financiamento da campanha. Com o voto distrital, é adesão ao candidato em cada distrito, é privado”, argumentou o tucano.

Na visão de Aníbal, a aprovação das reformas é essencial para que o país intensifique o processo de recuperação econômica, situação que possibilitará uma gestão mais estável para o próximo presidente. “O Brasil perdeu quase 10% do PIB, com desemprego, perda de renda. Se não fizermos isso, o próximo presidente começa o mandato como pato manco. É pegar ou largar”, observou o tucano, que criticou a posição adotada pelo PT na discussão dessas reformas.

“Portanto, temos três meses de oportunidade que não se pode desperdiçar. Todas as forças políticas comprometidas com a mudança têm de estar nela. Por isso eu vejo a posição do PT como profundamente conservadora, atrasada”, condenou.

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