Companheiras e Companheiros Tucanos,
Neste Dia Internacional da Mulher, quero fazer uma saudação muito especial a todas as tucanas e convidar a todos para uma reflexão sobre a questão de gênero e sobre tudo o que signifique desigualdade entre nós brasileiros.
Como salienta Eleni Varikas, em sua participação no projeto “Democracia” , “A questão colocada pela democracia não consiste em saber quem é suficientemente livre para ser admitido a uma cidadania ativa, mas buscar os meios para que todos possam viver livres… A igualdade não é incompatível com as diferenças, mas com a diferenciação hierárquica, vale dizer, com a desigualdade. Não é a diferença entre as mulheres e os homens, entre os judeus e os não-judeus, entre os brancos e os negros, entre os franceses e os estrangeiros que está na origem da desigualdade. É, pelo contrário, a diferenciação nos critérios de seu acesso aos direitos, que organiza as diferenças de forma hierárquica. É a diferenciação em matéria de direitos – ou a privação pura e simples dos direitos válidos para o resto dos cidadãos – que torna as mulheres (os negros, os estrangeiros) uma categoria discriminada e as decreta diferentes, indo de encontro a todo o rigor lógico….”
O repúdio a tudo que torne os seres humanos desiguais no acesso aos direitos individuais e coletivos deveria ser uma atitude universal. Para os social-democratas, contudo, é um imperativo. Ninguém pode se considerar social-democrata se não entender a liberdade e a igualdade de direitos como princípios fundamentais e inalienáveis da Humanidade.
Nunca se fez tanto no Brasil pela redução das desigualdades de todo o tipo – e de gênero em particular – como nestes quase oito anos em que o PSDB esteve no Governo com o Presidente Fernando Henrique Cardoso. É evidente que há muito por fazer. Com José Serra na Presidência poderemos avançar mais e mais rápido, inclusive e justamente porque a partir de 1994 criaram-se as condições para isso.
A preocupação do PSDB com a redução das desigualdades de gênero não é meramente retórica. Defendemos a adoção de políticas ativas. Temos um Secretariado Nacional da Mulher extraordinariamente ativo, sob a direção da deputada Marisa Serrano, e o Instituto Teotônio Vilela também sob a direção de outra combativa tucana, a deputada Yeda Crusius. Ampliar a participação política da mulher é um compromisso da atual Executiva Nacional.
De acordo com os dados do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), o PSDB tem uma representação expressiva de mulheres desempenhando cargos eletivos. São tucanas sete das 35 deputadas federais, 17 das 111 deputadas estaduais/distritais e 58 das 318 prefeitas. Estamos empenhados em aumentar essa participação nas eleições de outubro próximo, quando certamente elegeremos nossas primeiras governadoras e senadoras e ampliaremos nossas bancadas femininas.
Infelizmente é provável que não alcançaremos, nesta eleição, a cota destinada às candidatas. Isso não deve nos desanimar. Pelo contrário, é motivo para trabalharmos com mais empenho para tornar nosso partido mais plural, e representativo da rica diversidade que caracteriza nosso país. Afinal, lutar pela igualdade não significa negar as diferenças. Integrar e promover o desenvolvimento de todos é um princípio do PSDB e uma questão de justiça.
A todas as tucanas o meu abraço solidário.
A todos os tucanos, o meu estímulo na campanha que se aproxima. Vamos eleger José Serra Presidente do Brasil, de um Brasil mais justo para todos.
José Aníbal
Presidente da Executiva Nacional do PSDB