O cenário de queda nas vendas, na produção e de demissões tem afetado principalmente as pequenas e microempresas do país. De acordo com estudo feito pelo Sebrae, 17% dos pequenos negócios estão inadimplentes. Para 88% dos microempreendedores, a crise é o principal motivo dos atrasos. O deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO) culpa o antigo governo federal pela situação desses empresários.
“É a prova do descuido e desprezo do governo anterior pela classe média, de onde geralmente são os pequenos e microempresários. O que mais se exige do governo no ano que vem é uma atenção para eles. Até porque quem gera mais emprego no Brasil é o microempresário e o pequeno comerciante. Se tiver uma forma de incentivá-los, com certeza o retorno será viável”, disse.
Entre 2014 e 2015 a participação de pequenas e microempresas nas exportações chegou a 1%. É um percentual recorde, mas o valor vendido está em queda. Para ajudar os pequenos negócios a tomar fôlego, o parlamentar tucano sugere a abertura de mais linhas de crédito.
“Tem que providenciar linhas de crédito. Essa é a primeira coisa. A segunda coisa é você ter linhas mais viáveis do Simples e Supersimples podendo abranger mais gente e cuidar da economia. Porque se a economia crescer as pessoas vão poder fazer mais compras, vão investir mais e, evidentemente, tudo vai melhorar”, destacou Sousa.
A pesquisa também mostra que, entre os que atrasaram pagamentos, a maior parte conseguiu negociar a dívida com o credor: 72% fecharam acordos. Para ajudar aqueles que ainda estão sem capital de giro, o Sebrae organizou um mutirão da renegociação. Débitos tributários no Simples podem ser pagos em até 120 meses.