Pernambuco – O novo líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (foto), ressaltou Pernambuco como um “exemplo” de onde se constrói uma aliança política “respeitando as pessoas”.
O parlamentar se refere à parceria do PSDB com o PSB do governador Eduardo Campos.
Imbassahy defende que o PSDB indique um nome para a vaga ao Senado na chapa à sucessão de Campos, já que o PMDB, através de seu principal líder, o senador Jarbas Vasconcelos, indicará a vice.
Por esse entendimento, o líder tucano na Câmara avalia que a posição do deputado federal e presidente do PSDB de Pernambuco, Sérgio Guerra, “está mais consolidada, tem força”.
– Ségio Guerra foi nosso presidente nacional do PSDB por tanto tempo, hoje preside o nosso Instituto Teotônio Vilela (ITV), e já foi senador da República, lembra Imbassahy.
O parlamentar, porém, ressalta que a decisão de composição de chapas, assim como as alianças estaduais, levarão em conta as “circunstâncias locais” e terá como avalista a executiva nacional do partido.
O líder tucano destacou, ainda, o sentimento de mudança da população brasileira que predomina nas consultas realizadas até o momento.
– 66% da população brasileira quer mudança. A variação (de crescimento) da presidente, de outubro a fevereiro, é zero. Ela continua entre 30 e 33 pontos. É muito pouco para uma presidente que tem uma exposição extraordinária. Fez mais de 17 pronunciamentos em rede de rádio e televisão, aliás nisso ela bateu recorde: um governo que gasta cerca de 16 bilhões de reais em propaganda e marketing. É um número de aprovação, portanto, muito baixo e mostra com clareza que a população está saturarada com o PT e quer mudança, avalia Imbassahy.
A seguir, a entrevista concedida à Rádio Folha de Pernambuco:
GOVERNO DILMA E AS ELEIÇÕES
O governo Dilma vai muito mau. Em todo o Brasil. A gente percebe isso nos serviços públicos, na infraestrutura, na falta de consciência do investidor, na economia. A presidente anunciou que teríamos no governo o crescimento da economia. São 4 anos sem crescimento. Ela disse que não teríamos inflação, são 4 anos que temos inflação e taxa de juros elevadas. Essa coisa se reflete numa pesquisa que tenho conhecimento, feita em São Paulo, e que traz um dado muito bom para o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Acredito que o governador Eduardo Campos também deve estar bem situado em São Paulo, o que é muito importante para consolidar cada vez mais o campo das oposições no rumo de uma vitória eleitoral.
CRESCIMENTO DE ÁECIO
Pesquisas em São Paulo dão um crescimento expressivo do senador Aécio Neves. Mas o que é importante é que a presidente Dilma tem um índice muito baixo. A variação (de crescimento) dela de outubro a fevereiro é zero. Ela continua entre 30 e 33 pontos. Numa simulação de segundo turno, ela se mantém nesse patamar. É muito pouco para uma presidente que tem uma exposição extraordinária. Fez mais de 17 pronunciamentos em rede de rádio e televisão, aliás, nisso ela bateu recorde: um governo que gasta cerca de 16 bilhões de reais em propaganda e marketing. É um número de aprovação, portanto, muito baixo e mostra com clareza que a população está saturarada com o PT e quer mudança. 66% pedem mudança.
PSDB É OPOSIÇÃO ‘CLARA’ AO PT
Eduardo e Aécio estão no campo das oposições. Evidentemente que o PSDB está situado nas oposições há mais tempo. Há uma clareza por parte da população que o PSDB é um partido de oposição histórica ao PT. No caso do governador Eduardo Campos é uma posição mais recente e os ataques que o PT faz contra ele são baixos, de uma política velha, antiga: na medida em que a pessoa é aliada do PT é ‘muito boa’, ‘é competente’. Na hora em que se afasta do PT ‘não presta’. É traidor, incompetente, hipócrita…Essa é uma prática do PT, de intolerância, que a população rejeita e não deseja mais. Mas na medida em que o governador Eduardo Campos acentua o discurso de oposição com mais contudência contra a presidente Dilma é importante. Vai mostrando que ele está no território das oposições. Nós (do PSDB) vamos prosseguir com nosso debate, com nosso enfrentamento.
VAGA DO SENADO
Nós temos uma aliança com o PSB em vários estados brasileiros e não é de hoje. Estamos agora organizando uma aliança no sentido de fazer uma grande composição (em Pernambuco). Se ela vier a ocorrer, o PSDB coloca claramente uma posição em defesa na chapa de Senado. Até porque o senador Jarbas Vasconcelos já indicou um quadro muito qualificado (para vice) que é o deputado Raul Henry. Então a coisa mais natural seria o PSDB entrar na chapa com uma candidatura ao Senado. E sem dúvida nenhuma os nomes do deputado Sérgio Guerra, que foi nosso presidente nacional por tanto tempo e hoje preside o nosso Instituto Teotônio Vilela, já foi senador da República, e o do deputado Bruno Araújo, que tem prestígio muito grande no Congresso e uma relação muito próxima com o nosso presidente Aécio Neves, são nomes excelentes que colocamos. Não temos preferência. Mas a posição do Sérgio Guerra, que está mais consolidada, tem força. Mas esse é um debate para se ter tanto aí em Pernambuco quando aqui (na nacional do PSDB). A escolha passa muito por circunstâncias políticas. Mas são dois nomes que trariam uma organização arredondada da compsição com o PSB em Pernambuco.
ALIANÇAS E COMPOSIÇÃO
Na próxima terça (11) vamos reunir a executiva nacional do PSDB para aprovar uma resolução que traz para a executiva a decisão final sobre as alianças. Tudo que está sendo discutido nos estados tem o acompanhamento do presidente nacional Aécio Neves. Porque o projeto prioritário é o de eleger nosso candidato a presidente, um candidato com condições de vitória. O que vai prevalecer é a sucessão presidencial.
SINTONIZADOS
O relacionamento entre Aécio e Eduardo é tão estreito que essa hipótese de ter algum tipo de dificuldade para organizar a chapa a gente nem cogita. Isso vai se resolver sem problemas e na hora certa. Dentro das circunstâncias locais do Estado de Pernambuco isso vai se resolver. Ninguém tem dúvida de que essa é uma boa relação construída ao longo dos anos que vem até das famílias. Pernambuco vai servir de exemplo para todos nós de como se constrói uma aliança respeitando as pessoas.