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Petistas presos na Lava Jato cobram “mea-culpa” do partido por corrupção na Petrobras

pt-petrobrasOs três petistas presos pela Operação Lava Jato – o ex-tesoureiro João Vaccari Neto, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-deputado federal André Vargas – cobram que o PT assuma institucionalmente a responsabilidade pelos desvios na Petrobras, no escândalo de corrupção conhecido como “petrolão”.

A ideia ganhou força na última quinta-feira (23), quando a sede da legenda em São Paulo foi alvo de uma ação de busca e apreensão pela Polícia Federal na Operação Custo Brasil.

Derivada da Lava Jato, a operação levou à prisão o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo e outro ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira – o terceiro tesoureiro do partido a receber ordem de prisão, já que além de Vaccari, Delubio Soares foi condenado no mensalão.

A tese petista de “improbidade partidária” acompanhada pela defesa da necessidade de uma reforma no sistema eleitoral foi criticada pelo deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG).

“Nenhuma atitude vai tirar essa herança, essa marca histórica do PT, depois de 13 anos, ter entregue ao país o maior escândalo de corrupção de sua história e a maior recessão, o maior desemprego desde 1929. Nenhum partido está imune, mas não venham com essa história de que todos são iguais. É preciso separar o joio do trigo, separar as pessoas honestas daqueles que desviaram recursos públicos sagrados que deveriam ir para melhorar a vida das pessoas”, disse o parlamentar.

Para o tucano, o país vive hoje um momento delicadíssimo e uma das faces dessa crise profunda é o maior escândalo da história brasileira desvendado pela Lava Jato e seus desdobramentos.

“A corrupção atingiu uma escala inimaginável no governo do PT, uma escala que desafia até o que o maior crítico do PT poderia imaginar. É uma corrupção sistêmica, generalizada, institucionalizada, coordenada a partir do comando de governo e não é à-toa que três tesoureiros do PT já foram presos. E a tentativa do PT querer dizer que todos [partidos] são iguais, não são, que cada um pague o seu preço”, criticou Pestana.

O deputado lembrou do último caso desvendado na Operação Custo Brasil, ao afirmar que o PT atingiu o limite de desviar recursos dos servidores públicos, pensionistas e aposentados que, endividados, procuraram o crédito consignado. “Isso é uma crueldade, um absurdo e o PT mostra a sua face, que dizia ser a favor dos mais fracos, mais pobres”, disse Pestana.

“Visitas humanitárias”

De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo, dirigentes passaram nos últimos dias a defender internamente que o partido avalie a proposta na próxima reunião do diretório nacional do PT, marcada para os dias 19 e 20 de julho. Em conversas com parlamentares petistas na carceragem da PF, em Curitiba, Vaccari encaminhou a questão ao partido argumentando que o alvo final da Lava Jato e operações derivadas não é sua pessoa física, e sim o PT enquanto instituição. Dirceu e Vargas também enviaram sinais no mesmo sentido, como relata o jornal.

Segundo o Estadão, embora Vaccari – preso há um ano e meio e condenado a 24 anos de detenção – não tenha expressado aos companheiros intenção de fazer delação premiada, as queixas levaram preocupação à direção do partido e “visitas humanitárias” ao ex-tesoureiro passaram a ser defendidas pelos caciques do PT, ente eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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