A Petrobras pagou em apenas um contrato das obras da Refinaria Abreu e Lima (PE) pelo menos R$ 673 milhões além dos custos que as empresas Camargo Corrêa e o Consórcio CNCC (formado por Camargo e Cnec) tiveram para realizar a construção.
O valor é quase igual ao que as empresas comprovaram de gastos efetivos com o empreendimento, a UCR (Unidade de Coqueamento Retardado). É o que aponta um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) que, pela primeira vez, conseguiu dados da Operação Lava Jato para realizar as auditorias.
O valor foi classificado como “assombroso” pelos ministros. A Petrobras pagou cerca de R$1,458 bilhão por itens nesse contrato, enquanto as empresas responsáveis gastaram pouco mais de R$ 785 milhões para realizar o que estava contratado. A obra já está encerrada.
De acordo com o TCU, o valor pago inclui gastos não comprovados pelas construtoras de 86% em relação ao que a Petrobras despendeu. O tribunal abriu processo específico para cobrar o dinheiro de volta.
* Íntegra na Folha de S. Paulo desta quinta (13/08)