O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), nomeou, nesta quinta-feira (28), sua mulher, Carolina de Oliveira Pereira Pimentel, como secretária de Trabalho e Desenvolvimento Social.
A nomeação pode garantir que Carolina, investigada na Operação Acrônimo, tenha foro privilegiado na segunda instância da Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A reportagem cita que Carolina, que substitui André Quintão (PT) no comando da pasta, é suspeita de ter feito, por meio de sua empresa, a Oli Comunicação, movimentações financeiras indevidas relativas à campanha do governador em 2014.
Parlamentares do PSDB repudiaram a nomeação, ocorrida dias após a divulgação do conteúdo da delação premiada da dona da agência Pepper, Danielle Fonteles, que detalhou esquema de corrupção apurado na Operação Acrônimo.
Para o deputado federal Marcus Pestana (MG), a atitude de Pimentel é “absurda” e repete o erro cometido pela presidente Dilma Rousseff, quando nomeou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil. “É um claro desvio de finalidade e obstrução da Justiça, agravado com o nepotismo. As oposições em Minas, na Assembleia Legislativa, estão tomando as providências cabíveis para que esse ato insensato seja anulado e perca seus efeitos”, criticou.
*Do PSDB nacional