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Polícia Federal aponta “organização criminosa” na Petrobras, revela Estadão

Paulo-Roberto-CostaReportagem do Estado de S. Paulo desta quinta-feira (22) revela que a operação Lava Jato, da Polícia Federal, aponta para a formação de uma organização criminosa na compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena (EUA) no valor de RS$ 1,2 bilhão.

A compra da refinaria americana estaria ligada a um esquema de lavagem de dinheiro que envolve suspeitas sobre obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

O delegado da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros, Caio Costa Duarte, cita a existência de uma possível “organização criminosa” que estaria atuando na Petrobras, em ofício enviado ao juiz federal do Paraná, Sérgio Fernando Moro.

Descreve o juiz: “A citada refinaria teria sido comprada por valores vultosos, em dissonância com o mercado internacional, o que reforça a possibilidade de desvio de parte dos recursos para o pagamento de propina e abastecimento de grupos criminosos envolvidos no rumo petroleiro. Acrescentando-se a isso, apura-se possível existência de uma organização criminosa no seio da empresa Petrobras que atuaria desviando recursos com consequente remessa de valores ao exterior e retorno do numerário via empresas offshore”.

A PF, segundo reportagem do Estadão com destaque em primeira página, há suspeitas de que as operações envolvendo Pasadena tenham sido usadas para pagamento de propinas e uso de offshores (empresas situadas fora do país) para o “abastecimento de grupos” que atuavam na Petrobras.

O ex-diretor de abastecimento da estatal Paul Roberto Costa (foto) é apontado como personagem comum entre os dois casos.

Costa foi o representante da Petrobras na compra de Pasadena (EUA), iniciada em 2006, com a aquisição de 50% da refinaria de uma empresa belga, a Astra Oil.

A compra é cercada de polêmica em função do preço pago pela estatal brasileira que desembolsou US$ 1,2 bilhão pela compra da refinaria americana.

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