A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os crimes cometidos pelos 40 manifestantes de extrema-direita detidos na invasão da Câmara dos Deputados esta semana. Na última quarta-feira (16), eles quebraram uma porta de acesso ao plenário e tomaram à força a Mesa Diretora para pedir intervenção militar no país. A invasão foi repudiada por deputados do PSDB, que a classificaram como um “ataque à democracia”.
Segundo o site G1, os invasores podem responder por crimes de dano ao patrimônio público e associação criminosa. Além disso, a PF instaurou dois termos circunstanciados para apurar lesão corporal contra um policial legislativo.
Quando deixaram o Congresso, os manifestantes estram em confronto com os policiais legislativos, que chegaram a usar gás de pimenta para controlar a situação.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não negociaria com “baderneiros irresponsáveis” depois das depredações e atos de violência consumados. A expectativa de Maia é que o grupo seja enquadrado em vários crimes, entre eles quebra de patrimônio público.
Para o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), o episódio serve de alerta à “era dos extremos” pela qual o país está mergulhando na sua avaliação. Sem um Parlamento altivo, não se tem democracia. O Brasil começa a viver uma era perigosa de extremos, esquerda e direita radicais ganham força. Isso é fruto do fracasso do sistema político. Ou se muda nosso sistema político, para recuperar a confiança da sociedade, ou podemos viver soluções que pode variar de Maduro a Trump”, alertou.