O assistencialismo de Lula e Dilma não criou base para crescimento sustentável da Região Nordeste. A avaliação é de cientistas políticos ouvidos pela Folha de S. Paulo em reportagem publicada neste domingo (29/03).
Leôncio Martins Rodrigues decreta: boa parte da popularidade de Lula e de Dilma (que venceram eleições no Nordeste) estava lastreada em políticas assistencialistas que não formaram as bases para um crescimento sustentável na região.
José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista da Opus Gestão de Recursos, acrescenta que, por ser muito dependente de obras do governo federal e de políticas assistencialistas, o Nordeste tende a sofrer mais agora com a inflação e corte de gastos estatais. O fato deve levar a uma queda forte no consumo regional.
Neste início de segundo mandato da presidente Dilma, preparam-se para cortes nos gastos pessoais diante da redução de investimentos e oportunidades na região. No Polo Industrial de Camaçari (BA), não há nenhum novo projeto em vista, só a conclusão de fábricas iniciadas durante o boom. Já a fábrica da montadora chinesa JAC Motors, que teve sua pedra fundamental lançada há mais de dois anos, ficou só na terraplanagem.
Grandes obras de infraestrutura como a transposição do rio São Francisco, a ferrovia Oeste-Leste e o estaleiro Enseada do Paraguaçu, no recôncavo baiano, agora demitem. Neste último, sociedade entre Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki, foram mais de 5.000 cortes em seis meses.
José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista da Opus Gestão de Recursos, acrescenta que, por ser muito dependente de obras do governo federal e de políticas assistencialistas, o Nordeste tende a sofrer mais agora com a inflação e corte de gastos estatais. O fato deve levar a uma queda forte no consumo regional.
* Íntegra na Folha de S. Paulo (29/03)