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Presidente cobra mais ação de líderes mundiais no Oriente Médio

O presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou hoje dos principais líderes mundiais, entre os quais o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, uma intervenção mais clara e efetiva na guerra entre palestinos e judeus, que constitui uma ameaça à paz mundial. ¥A responsabilidade dos grandes líderes mundiais é imensa neste momento. Não cabe a eles cruzar os braços, nem a nós, e não olhar o que está acontecendo. É preciso construir situações mais favoráveis¥, disse o presidente, em discurso na solenidade de posse dos novos ministros, no Palácio do Planalto.

Segundo o presidente, o conflito pode ter desdobramentos imprevisíveis, com risco de refletir negativamente sobre os demais países. ¥Hoje, a interconexão entre os países é muito grande. O que acontece em qualquer parte do mundo repercute nas outras partes. Nós todos vemos, ouvimos ou lemos aterrorizados o que está acontecendo em certas partes do globo: o terrorismo, o atentado criminoso contra as torres gêmeas dos Estados Unidos; o Afeganistão, agora a questão da Palestina, de Israel. Isso afeta a todos nós¥, disse o presidente, que acompanha o impasse com muita preocupação.

Ele acredita que a opinião pública mundial, que ainda está imobilizada diante dos acontecimentos no Oriente Médio, vai reagir, devido à gravidade da situação. ¥Às vezes, dá a impressão de que a opinião pública mundial está anestesiada, mas não vai ficar anestesiada por muito tempo, porque estamos vendo cenas de barbárie, seja de terrorismo, seja de reação desmesurada contra o terrorismo¥.

Fernando Henrique afirmou que o terrorismo não tem nenhuma justificativa, mas ressaltou que também não há razão para que sejam descumpridas as resoluções da Organização das Nações Unidas, que determinam a retirada da Palestina de tropas militares de Israel.

¥Não há como racionalizar o trabalho com uma desculpa terrorista, mas também não se pode nunca deixar de criar condições para que as Nações Unidas prevaleçam no mundo, para que a ordem mundial seja pactada, para que haja legitimidade nas ações, para que haja respeito à decisão das Nações Unidas¥, recomendou.

O presidente disse que recomendou ao embaixador brasileiro na ONU que ¥atue efetivamente¥ nas negociações para o restabelecimento da paz no Oriente Médio e para que os países envolvidos cumpram as decisões da ONU, inclusive os Estados Unidos, que ainda matêm uma postura tímida em relação à crise, e continuam apoiando Israel na guerra contra o povo palestino. (Agência Brasil – ABr)

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