O líder da Minoria na Câmara dos Deputados e presidente do PSDB de Pernambuco, deputado Bruno Araújo, defenderá que seu partido avance na formalização do pedido de impeachment da presidente República, Dilma Rousseff (PT).
O tucano manifestou seu posicionamento nesta segunda-feira (13) no Recife e pretende levá-lo ao debate interno, a partir de amanhã (14), crente de que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, “ouvirá de um conjunto muito expressivo da bancada federal que está na hora e o partido tem de avançar para formalizar um pedido de afastamento da presidente por todos os fatos que o Brasil conhece”.
“A minha posição é a de que chegamos ao limite de uma insatisfação clara e expressiva que deve ser construída, de forma legítima e dentro das regras constitucionais, em forma de um pedido de impeachment da presidente Dilma. Não venha o PT falar em golpe porque eu li na tribuna da Câmara um pedido de impeachment assinado por José Genoino (ex-presidente do PT) contra Fernando Henrique Cardoso. Todos sabem onde está José Genoino e onde está FHC. O PSDB tem de evoluir pra isso, essa será minha defesa dentro do partido. A partir de amanhã seguramente teremos a discussão política a respeito disso”.
Aos fatos que respaldam a abertura de um processo de impeachment de Dilma, Bruno Araújo cita os depoimentos de dinheiro roubado da Petrobras que foram entregues ao tesoureiro do PT (João Vaccari Neto) e transformado em doações oficiais; O uso da justiça eleitoral como lavanderia, obviamente sem sua conivência, para homologar recursos roubados da Petrobras para financiar campanhas do PT; Ou ainda o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgado na semana passada, que mostrou que o governo Dilma cometeu crime de responsabilidade quando não transferia dinheiro para a Caixa Econômica para cumprimento de responsabilidade sociais.
“Há diversos elementos. E do ponto de vista subjetivo e moral, mostrar o que a presidente dizia (na campanha) uma coisa e faz outra hoje que, embora por si só não seja suficiente para uma cassação, mas o conjunto da obra, não tenho dúvida que, de ordem política, pode ser discutido pelo Congresso Nacional. Por isso não vejo, do ponto de vista política, como não haver com brevidade um processo de impeachment da presidente da República, substanciado, construído com responsabilidade, assinado por juristas que dão qualidade a essa representação e que de forma democrática o Congresso processe”.
* Do PSDB-PE